quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

PARA COMBATER O PRECONCEITO,INCENTIVE SEU FILHO A ACEITAR A DIVERSIDADE DESDE CEDO


PARA LER E REFLETIR...

Estranhar o diferente é uma reação comum do ser humano. Nas crianças, antes que o ato seja contaminado por juízos de valor negativo, os pais e educadores devem intervir para mostrar que é preciso aceitar as diferenças e conviver em harmonia com elas.

O psiquiatra Telmo Kiguel cita o exemplo de uma criança de colo, que, por conviver somente com pessoas parecidas com ela, pode se assustar com a presença de uma babá que seja de outra origem étnica. "É natural essa reação. Cabe a mãe introduzir com carinho a presença da profissional para mostrar que a convivência com as diferenças é segura", diz.
Segundo o especialista, o bebê reage por medo do que lhe parece diferente. No entanto, se a mãe agir de maneira negativa com essa babá, o filho pode entender que a aparência é a razão da aversão do adulto, originando um preconceito étnico-racial. "Se os pais são discriminadores dificilmente ajudarão os filhos a não ter preconceito. Se não forem, servirão de modelo pela sua conduta e por aquilo que puderem transmitir verbalmente", declara.
Em sua tese pelo Instituto de Psicologia da USP sobre inclusão na educação infantil, a doutora em psicologia Marcia Regina Vital escreveu que estranhar o diferente é uma reação baseada no medo de questões inconscientes e reprimidas da própria pessoa, que, de alguma forma, ela consegue identificar no outro.
O diferente pode gerar medo, insegurança, amor, rejeição, curiosidade e despertar mecanismos de defesa que, dependendo da intensidade da relação, podem levar à violência. A partir dos três anos, a criança começa a se socializar mais intensamente e tem de aprender a lidar com esses medos e a elaborar seus próprios conceitos, com base na sua carga de conhecimento e em ideias transmitidas pelos pais, amigos e educadores.
"Atitudes, falas e alguns comportamentos dos pais, mesmo sem intenção, induzem à discriminação, pois eles, muitas vezes, interiorizaram o preconceito", afirma Marcia. Dessa maneira, a criança pode ter atitudes preconceituosas que passam despercebidas porque o adulto é indiferente à questão do preconceito ou pelo fato de ele próprio discriminar.
  • Thinkstock
    Os pais devem promover a convivência com pessoas de diferentes grupos raciais e culturais

Escola ativa

"É na escola que se estabelecem interações cotidianas por longos períodos entre pessoas de credos, costumes, culturas e origens muito distintas, por isso a instituição não pode se furtar ao papel de educadora da igualdade", declara a pedagoga Lucimar Rosa Dias, professora da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul e autora do livro "Cada Um É de Um Jeito, Cada Jeito É de Um" (Editora Alvorada).
A busca por escolas que tenham projetos que tratem da diversidade em seus currículos –e que discutam abertamente o preconceito– também é uma maneira de promover a aceitação dentro de casa. Uma escola omissa contribui para aumentar o preconceito no pensamento infantil.
"Temos uma lei que fará dez anos em 2013 (lei 10.639, de 2003), que incluiu a história e a cultura afro-brasileira e indígena na educação básica, mas muitas escolas nada fazem para mudar o currículo e deixá-lo mais plural e menos preconceituoso", afirma Lucimar.
Segundo a pedagoga, para combater o preconceito, a escola deveria trabalhar a orientação sexual identificando e antecipando questões entre os alunos, evitar as divisões de ações entre"coisas de meninos e de meninas" e fazer com que seus professores explicitassem, e tratassem com equilíbrio, a diversidade étnico-racial, utilizando materiais didáticos adequados.

Descompasso

Lucimar afirma que a sociedade valoriza homens sensíveis e solidários nas relações sociais, mas, na infância, os meninos são estimulados com brincadeiras agressivas.  "É como se a criança não estivesse vivendo no mesmo tempo histórico que nós." Para a especialista, ela pensa o mundo tanto quanto os adultos e pode ser colocada em contato com questões importantes sobre as relações, tais como o preconceito.
A socióloga e professora Rita de Cassia Fazzi, da PUC de Minas Gerais, desenvolveu uma pesquisa em colégios públicos mineiros para avaliar as manifestações de preconceito racial entre crianças de oito e nove anos. No estudo, ela percebeu que os alunos elaboravam categorias raciais diferentes de acordo com a pele, aprendidas com suas famílias.
De acordo com a pesquisa da especialista, a categoria intermediária "moreno ou morena" não sofria discriminação, enquanto que a categoria "negro" era discriminada, sendo sua denominação utilizada como xingamento entre os colegas. "Os morenos xingavam os de pele muito mais escura como se não tivessem a mesma origem geográfica", fala Rita.

Bons exemplos

Lucimar diz que o preconceito e a discriminação são construídos nos pequenos detalhes vividos no cotidiano. "Um pai que ofende com xingamentos do tipo ‘tinha de ser negro, mulher ou gay’ ensina a seus filhos a intolerância, o sexismo e a homofobia."
A pedagoga afirma que o adulto tem de ajudar a criança a desenvolver uma nova maneira de ver o outro, por exemplo, presenteando-a com livros que tratem da diversidade de modo positivo e conversando desde cedo sobre os estereótipos.
"A literatura é uma via muito fértil, pois fala com a criança pequena sem dar receitas, abrindo portas para um mundo mais solidário", declara Lucimar. Outra atitude que os pais devem ter é conviver com pessoas de diferentes grupos étnico-raciais e, sobretudo, ter uma postura de vida que combata hierarquias e subordinações de raça, gênero, etnia e classe social.
"Pais que não respeitam o espaço dos próprios filhos, que só dão limites por meio de gritos e tapas ou que não dão limite nenhum, não estão educando para o respeito à diversidade, pois não respeitam as diferenças em suas casas", fala a especialista.
Se os pais constatarem uma atitude preconceituosa no filho, como agir? Com firmeza e doçura, afirma Lucimar. Independentemente da idade, é preciso coibi-la e explicar o porquê da repreensão. "Não dá para pensar que a reação violenta e rude vai construir um modo solidário e humanizador para o outro."

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

ESTUDO MOSTRA IMPORTÂNCIA DA CRIATIVIDADE NA INFÂNCIA

Por Vagner Alencar, do Porvir


Uma educação rica em artes na infância pode aumentar em 17,6% as chances de uma criança ingressar no ensino superior e conseguir um bom emprego. Por outro lado, a ausência de atividades criativas pode elevar em cinco vezes as chances de um jovem, a partir dos 26 anos, se tornar dependente de ajuda financeira ou assistência pública. Esses são alguns dos dados do estudo Buenos Días Creatividad (Bom Dia Criatividade, em tradução livre), realizado pela Fundação Botín, da Espanha, e por especialistas internacionais, lançado no último mês, em Madri.
O estudo, que contém 123 páginas, aborda temas como: aspectos que influenciam um ensino criativo, a criatividade e o desenvolvimento infantil na sala de aula, o papel da família no desenvolvimento da criatividade e os espaços públicos que favorecem o potencial criativo de pessoas e comunidades.
A pesquisa mostra, por exemplo, que ambientes naturais oferecem vantagens em relação aos parques infantis construídos artificialmente, já que estimulam as brincadeiras de modo mais diverso e criativo. Essa realidade, de acordo com o estudo, tem levado muitas autoridades municipais a repensar o planejamento urbanístico, substituindo os espaços infantis tradicionais pelos que chamam de espaços de jogos naturais.
Outro ponto abordado pela pesquisa se refere aos benefícios dos centros de arte, que são responsáveis por ajudar a desenvolver a comunicação pessoal e a inclusão social sobretudo dos jovens. O estudo apresenta um caso brasileiro, a Escolinha de Arte do Brasil, fundada em 1948, no Rio de Janeiro, como referência na história da educação artística no país. “A arte tem a virtude de vencer o chatice cada vez mais patente – facilmente observada, entre adolescents – na educação pública formal”, enfatiza o estudo.
Entre os pesquisadores do relatório está a sueca Martina Leibovici-Mühlberger, doutora em questões de família. No relatório, ela afirma que as crianças nascem com uma “incrível capacidade de aprender, pensar e interagir com o mundo de forma criativa”. Metaforicamente, afirma, que os pequenos vem ao mundo com “programas de software” pré-instalados nos seus cérebros, e muito novos tem facilidade para desenvolver habilidades complexas como nadar ou falar outras línguas. No entanto, assim que passam a interagir com o mundo real, eles são afetados pelo “vírus” que atrasa esse desenvolvimento. A especialista chama de vírus hábitos como o da comparação, classificação, avaliação, culpa, crítica, que são responsáveis pela perda de 70% das capacidades inatas das crianças. “Na realidade, eles não perdem as habilidades, mas elas ficam mais adormecidas”, pondera a especialista.
O estudo mostra que diversos pesquisadores afirmam que hoje se vive uma “autêntica crise criativa”. Para evidenciar esse cenário, o informe recorre a algumas conclusões de pesquisas já realizadas sobre o tema. Uma delas é a Kyung Hee Kim, professora de psicologia da educação no College of William and Mary, nos Estados Unidos, e também ensina pais e professores de todo o mundo a promover a criatividade das crianças. Em 2010, Kyung apresentou um estudo em que entrevistou cerca de 300 mil adultos e crianças americanos e verificou que “nos últimos 20 anos, as crianças se tornaram menos expressivas em suas emoções, menos falantes, menos bem-humoradas, menos vitais e apaixonadas, entre outras coisas”.
Em contrapartida, para mostrar como a educação artística ajuda na melhora do desempenho acadêmico, o relatório mostra uma pesquisa realizada por James Catterall, professor de educação na Universidade de Califórnia, nos EUA. Depois de entrevistar mais de 25 mil estudantes americanos, Catterall verificou que aqueles que são mais envolvidos com artes faltam menos às aulas e são mais felizes na escola, além de se mostrarem mais interessados em ler, escrever e realizar operações matemáticas “complexas”. O envolvimento com atividades criativas também aumenta em 15,4% a probabilidade de se engajarem em trabalhos voluntários, eleva em 8,6% a chances de criarem amizades mais sólidas ao longo da vida e aumenta em 20% o interesse dos jovens em votar.
O estudo está disponível em espanhol e inglês e pode ser encontrado no site Fundação Botín.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

ANTECIPANDO A INFÂNCIA...UMA PENA


23/10/2012 - 03h30

Miniatura de periguete


Que as crianças têm cada vez menos infância é um fato já constatado e conhecido por muita gente.
Há mais de 20 anos que teses, ensaios e livros produzidos por estudiosos das mais diversas áreas do conhecimento alertam para essa questão tão importante.
Não há dúvida de que foi o mundo que mudou. Muitas pessoas acreditam que as crianças da atualidade são diferentes porque já nascem assim: mais conectadas com o que acontece à sua volta, mais cientes do que querem, mais sabidas e muito menos afeitas à obediência.
Mas não. O que acontece, na verdade, é que elas são estimuladas desde o primeiro minuto de vida, e os adultos que as cercam estão ocupados demais consigo mesmos e com sua juventude para ter a disponibilidade de construir autoridade sobre as crianças.
Além disso, os adultos estão muito orgulhosos com os feitos dos filhos que aí estão, cada vez mais, simplesmente para satisfazer os caprichos dos pais.
Tudo --absolutamente tudo-- o que acontece no mundo adulto está escancarado para as crianças.
Estão escancarados aos mais novos crimes e castigos, corrupção na prática política, desumanidades, destruição e violência de todos os tipos, desde a mais pesada à mais cotidiana (que nem sempre é reconhecida como uma forma de violência).
E as crianças sofrem e sofrem com tudo isso, mas sem saber. Ainda. Elas ainda não sabem que mais de dez por cento de suas vidas --a parte que corresponde ao período chamado de infância, no qual poderiam se dedicar a brincar de maneira infantil-- está se esvaindo em consequência dos caprichos dos adultos. Para ilustrar esse ponto, vou citar aqui dois fenômenos recentes.
Creio que você já ouviu, caro leitor, a palavra "periguete". Já está até no dicionário.
É uma expressão da linguagem informal, surgida na periferia da capital baiana, que tem diversos significados, dependendo de quem a usa e em que contexto.
No quesito aparência, o termo se refere a mulheres que se vestem com roupas curtas, decotadas e muito justas, deixando muito corpo em exposição.
Os trajes usados por essas mulheres são considerados vulgares, mas há quem não aceite esse sentido. Hoje, temos estilistas dedicados a criar linhas de roupas com esse perfil, tamanho é o sucesso que o estilo tem feito com o público feminino.
Pois é: agora muitas mães estão vestindo suas filhas como "periguetes".
A garotada gosta de aderir ao personagem principalmente porque papéis com esse estilo, em novelas, têm tido bastante destaque e seduzido a criançada.
Pudera: corpo à mostra, expressão corporal exagerada, voz demasiadamente alta tem tudo a ver com criança, não é verdade?
O que as crianças desconhecem é o caráter extremamente erotizado dessa fantasia que elas andam vestindo.
Claro que, para as crianças, é apenas o chamado "look periguete" que importa e não o comportamento de mulheres adultas que assim se reconhecem. Mas precisamos entender que erotismo é coisa de gente grande para gente grande.
Agora, como se não bastasse travestir crianças pequenas como "periguetes", muitos pais também as levam a "baladinhas" com direito a DJ, muita dança, muita gente, pouca iluminação etc. Igualzinho ao que acontece no mundo adulto.
Enlouquecemos ou o quê?
Com a expectativa de vida em torno dos 75 anos, por que não deixamos nossas crianças em paz para que possam viver sua infância? Afinal, depois de crescidas, elas terão muito tempo para fazer o que é característico do mundo adulto. Adiantar por quê?
Em nome de nossa diversão, só pode ser.
Rosely Sayão
Rosely Sayão, psicóloga e consultora em educação, fala sobre as principais dificuldades vividas pela família e pela escola no ato de educar e dialoga sobre o dia-a-dia dessa relação. É autora de "Como Educar Meu Filho?" (Publifolha), entre outros. Escreve às terças na versão impressa de "Equilíbrio".

    LEIAM SEMPRE PARA SEUS FILHOS E OS INCENTIVE A LER!!


    LER UM ETERNO PRAZER!










    quarta-feira, 28 de novembro de 2012

    7 DICAS PARA CRIAR UM FILHO RESPONSÁVEL. É PRECISO ENSINÁ-LO A TER RESPONSABILIDADE DESDE CEDO

                                                     
                                                    PARA PAIS E PROFESSORES
    Educar

    22/11/2012 17:36 
                                                                                    Texto Adriana Carvalho

    O quarto do seu filho é uma bagunça sem fim? Ele vive perdendo os materiais escolares ou quebrando seus brinquedos? Não ajuda em nada em casa, nem mesmo a colocar a mesa para o jantar? Se você respondeu "sim" a essas perguntas, então está na hora de refletir sobre a importância de ensinar seu filho a ter responsabilidades. Essa é uma tarefa que compete principalmente aos pais - não deve ser delegada exclusivamente à escola - e que começa bem cedo. "Por volta dos 2 anos, a criança já começa a ter compreensão suficiente para aprender a cuidar daquilo que é seu. Quando ela termina de brincar, por exemplo, os pais podem ensiná-la aos poucos a guardar seus brinquedos", diz Maria Rocha, coordenadora pedagógica do Colégio Ápice, de São Paulo. Veja a seguir as dicas dos especialistas para que seu filho cresça responsável.

    SEJA O MODELO

    Dar responsabilidades para as crianças desde cedo é essencial. Faz parte da educação de valores e de disciplina para a vida, conforme ressalta Adriana Friedmann, coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Simbolismo, Infância e Desenvolvimento (NEPSID) e fundadora no Brasil da rede Aliança pela Infância. "As crianças começam imitando os pais nas suas próprias atitudes e formas de cuidar, arrumar, organizar, limpar, cuidar. Por isso é tão essencial o fazer dos pais, antes de dar essas responsabilidades, pois a criança naturalmente irá imitá-los. De início, no seu faz de conta e, depois, na vida real", afirma Adriana.

    PEÇA QUE TODOS PARTICIPEM DAS TAREFAS DO LAR

    Os cuidados com a casa devem ser responsabilidade de todos da família, mesmo quando essa família conta com a ajuda de uma empregada doméstica. "Cada um na casa deve ter suas tarefas, não pode ficar tudo sob a responsabilidade da mãe ou da empregada", diz Maria Rocha, coordenadora pedagógica do Colégio Ápice, de São Paulo. Se a criança cresce vendo o que o pai não precisa fazer nada no lar, vai questionar por que ela precisa participar. Da mesma forma, meninos e meninas devem ter as mesmas responsabilidades. Já se foi o tempo em que esta ou aquela tarefa eram determinadas como "trabalho de mulher".

    ENSINE SEU FILHO A CUIDAR DO QUE É SEU

    Desde bem pequenas, as crianças devem aprender a cuidar de si mesmas e de suas coisas. Depois de brincar, os pais devem orientar os filhos a guardar e organizar seus brinquedos. No começo, devem fazer isso junto com eles e, depois, deixar que façam sozinhos. Mas é importante usar o discurso certo ao fazer a tarefa junto com o filho: "Não diga ‘me ajude a arrumar os seus brinquedos’, porque isso vai mostrar à criança que essa é uma responsabilidade da mãe ou do pai, quando na verdade é dela. O certo é dizer ‘vou ajudar você a guardar seus brinquedos para mostrar como se faz’", diz Maria Rocha, coordenadora pedagógica do Colégio Ápice, de São Paulo.

    MOSTRE QUE É PRECISO CUIDAR DO QUE É DE TODOS
    As responsabilidades das crianças não se resumem apenas às coisas que dizem respeito a elas mesmas, mas também aquilo que é de todos, que é coletivo. "O importante é mostrar que na família todos precisam colaborar e revezar as responsabilidades", afirma Adriana Friedmann, coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Simbolismo, Infância e Desenvolvimento (NEPSID). Portanto, não basta ter seu quarto ou brinquedos arrumados. As crianças também devem participar das tarefas domésticas, como tirar e por a mesa para as refeições, varrer o chão, tirar o lixo, etc.

    SAIBA QUAIS SÃO AS TAREFAS PARA CADA IDADE

    > Até os 3 anos, você pode ensinar seus filhos a cuidar de seus brinquedos, ajudando-os a guardar e organizar. 

    > "Dos 3 aos 4 anos - ainda em forma de brincadeira - já dá para começar a ensinar a vestir as próprias roupas, cuidar dos brinquedos e ajudar os adultos na cozinha a pegar objetos que não ofereçam perigo. É importante que o adulto sempre esteja por perto", explica Adriana Friedmann, coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Simbolismo, Infância e Desenvolvimento (NEPSID). 

    > Por volta dos 4 anos, a criança já pode fazer algo sozinha, como trocar a água do cachorro ou recolher o lixo, conforme diz Maria Rocha, coordenadora pedagógica do Colégio Ápice, de São Paulo. "Uma sugestão é estabelecer horários para a criança fazer a tarefa, criando assim uma rotina", diz Maria. 

    > Dos 5 aos 6 anos, seu filho já pode arrumar o próprio quarto e brinquedos, passar pano para tirar o pó, ajudar a por ou tirar a mesa e molhar as plantas. 

    > Entre os 7 e os 9, você pode ensiná-lo a atender o telefone e anotar recados, orientando-o sobre como falar com quem está do outro lado da linha. Nessa idade pode ainda ajudar a cuidar de irmãos mais novos. 

    > Com 10 a 12 anos, a criança já pode aprender a lavar roupas e ajudar os adultos a cozinhar, sempre com supervisão e cuidados com a segurança. "Em famílias com crianças de idades diferentes, é comum que os pais queiram nivelar as atividades pela idade do filho menor, para que todos façam as mesmas tarefas e ninguém se sinta prejudicado. Mas isso não está certo. Os filhos mais velhos devem ter mais responsabilidades, de acordo com sua idade", afirma Maria Rocha.

    NÃO FAÇA PELO SEU FILHO O QUE É TAREFA DELE
    Assim como os pais não devem fazer a lição de casa dos filhos, mas ajudá-los em suas dúvidas, não devem também fazer as tarefas domésticas das crianças quando elas se esquecem ou se recusam a fazê-las. "Fazer a lição de casa ou as tarefas pelo filho só prejudica o processo de desenvolvimento e aprendizagem. Pode ser um caminho mais 'rápido' e, aparentemente fácil para os pais, mas no futuro terá consequências prejudiciais para a autonomia da criança", afirma Adriana Friedmann, coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Simbolismo, Infância e Desenvolvimento (NEPSID).

    CONVERSE COM SEU FILHO E ESTABELEÇA REGRAS

    Gritar e usar de violência definitivamente não são o caminho para conseguir que seu filho execute as tarefas domésticas e seja responsável. "O diálogo é fundamental tanto para os pais compreenderem porque a criança não realiza o que lhe é solicitado, quanto para a criança saber que sempre poderá ter um canal de conversa com os pais. Gritar ou usar qualquer outra forma de violência ou autoritarismo surtem o efeito contrário e podem tornar a criança revoltada, agressiva ou arredia à realização de quaisquer tarefas", diz Adriana Friedmann, coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Simbolismo, Infância e Desenvolvimento (NEPSID). Para Maria Rocha, coordenadora pedagógica do Colégio Ápice, de São Paulo, quando as crianças são bem pequenas, os pais podem dar reforços positivos a cada tarefa executada: "Você pode combinar com a criança de pintar 5 carinhas felizes em uma folha de papel ou caderno quando ela guarda os brinquedos, por exemplo". Para as crianças mais velhas, segundo ela, vale estabelecer as consequências caso as tarefas não sejam cumpridas, como retirar um valor da mesada ou não deixá-las fazer algo de que gostam

    quinta-feira, 8 de novembro de 2012

    NEGAR COLO PODE AJUDAR NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA


     http://adplacer.bolsademulher.com/www/delivery/lg.php?bannerid=665&campaignid=394&zoneid=65&source=criteo300=1;criteo728=1;criteo300b=1;criteo728b=1;&sitepage=itodas/casamento&loc=1&cb=ec24b88e65

    A todo o momento seu filho pede colo e você não sabe o que fazer, se deve carregá-lo ou negar o pedido? São muitas as mamães que passam por esse sufoco e ficam, muitas vezes, perdidas sobre como agir. Pensando nisso, entrevistamos o pediatra Dr. Marcelo Reibscheid para esclarecer algumas dúvidas.

    Ele explica que pedir colo é muito comum a todos os bebês e que, no começo não há problema, pois eles, geralmente, fazem isso para ficarem mais próximos de seus pais. Porém, dependendo de como os pais agem, isso pode se tornar uma forma de demonstrar insegurança. “Se em qualquer dificuldade, tarefa, estímulo ou o quer que seja, a criança começar a pedir colo e os pais derem, eles demonstrarão que o colo poderá ser um porto seguro. Por isso, é importante que os pais deixem a criança tentar se ‘virar’ para conseguir ultrapassar os obstáculos sozinha e perceber que mesmo solicitando os pais não darão o colo”, indica.

    Muitas mães se sentem mal em não cumprir com as vontades dos filhos, mas o não também é bem-vindo. O Dr. Marcelo recomenda as mães negar o colo quando perceberem que não tem motivo pelo qual carregá-los. “O colo deve ser dado quando o bebê estiver com algum problema como dor, cansaço, sono, entre outros, e não simplesmente quando se coloca o bebê sentado e ao coloca-lo no chão ele já estica os braços”, recomenda.

    Os bebês que ficam por muito tempo no colo das mães ou mesmo que são carregados toda hora que solicitam ficam muito dependentes. “Eles podem se tornar pouco sociáveis, são mal estimulados, além de ficarem muito ‘chatinhos’, não aceitando ficarem sozinhos. É inadmissível ouvir de uma mãe ‘doutor não consigo nem ir ao banheiro’, pois esse tipo de conduta e comportamentos estão completamente incorretos e mal orientados”, alerta. Além disso, há malefícios para as mães que os mantêm no colo o tempo todo. “Podem surgir problemas ortopédicos como tendinites, problemas na coluna, problemas musculares, além de ter restrições em programas que não incluam o bebe, como jantares e outras atividades”, diz.

    O pediatra lembra que esse é um processo, assim como qualquer outro ensinamento e que, portanto, deve ser feito desde cedo e com calma. “O corte desse hábito, na verdade, deve começar desde os dois meses de idade, que é quando os bebês entendem o que é o colo e como manipular os pais através do choro. Se assim for feito, a chance de o impacto ser leve e sem traumas será enorme”, diz. O ideal é estar sempre ao lado do bebê, acompanhando e incentivando-o a caminhar sozinho.

    terça-feira, 6 de novembro de 2012

    SAIBA O QUE FAZER EM CASOS DE CATAPORA



    Doença tem maior incidência na primavera; vacina ainda é a melhor estratégia para evitar o contágio da doença

    Os pais devem evitar que as crianças cocem as lesões para não provocar infecções na pele / Shutterstock/ ArquivoOs pais devem evitar que as crianças cocem as lesões para não provocar infecções na pele

    Comum nesta época do ano, a catapora tem maior incidência na primavera. O Portal da Band consultou a infectologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos Mariana Volpe Arnoni sobre como proceder no caso da doença. Confira as dicas:

    Vacinação

    > A melhor estratégia para evitar o contágio é a imunização, principalmente na primavera, quando a circulação do vírus é maior. Vale lembrar que a proteção da vacina não chega a 100%.

    Transmissão

    > A catapora é uma doença causada pelo vírus varicela-zoster e transmitida por via respiratória ou contato direto com as lesões.

    Sintomas

    > Os principais sintomas são febre e surgimentos de erupções na pele (vesículas, pústulas e crostas) por todo corpo, incluindo mucosas no couro cabeludo e na região genital.

    Tratamento

    > Na maior parte dos casos, o tratamento consiste no uso de antitérmicos e limpeza da pele com sabonete antisséptico. "O paciente deve ser afastado de suas atividades até que todas as lesões estejam em crostas", orienta Mariana.

    Alerta

    > Os pais devem evitar que as crianças cocem as lesões para não provocar infecções na pele. Manter as unhas cortadas e reforçar a alimentação ajudam a evitar complicações.

    Contágio em creches e escolas

    > Em caso de surtos em instuições de ensino, como creches e escolas, é necessário informar os serviços de vigilância em saúde no município para uma possível imunização. "A melhor estratégia é a vacinação. Casos na mesma classe levam a uma altíssima chance de contágio, especialmente nas crianças pequenas", afirma Mariana.

    TODO BRINQUEDO PODE SER EDUCATIVO VEJA QUAIS OS MAIS ADEQUADOS PARA CADA FAIXA ETÁRIA




    Bloquinhos de madeira, fantoches de pano, peças com formato de letras. Afinal, brinquedos vendidos como educativos educam de fato? Para especialistas ouvidos pelo UOL Gravidez e Filhos, sim, mas com uma ressalva significativa: qualquer brinquedo pode ser educativo –seja ele projetado com essa intenção ou não.

    "O que ficou conceituado no mercado como educativo é o brinquedo com objetivo de desenvolver algumas habilidades ou conhecimentos específicos, o que não quer dizer que outros brinquedos não façam a mesma coisa", afirma Maria Ângela Barbato, do Núcleo de Cultura e Pesquisas do Brincar, da PUC (Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo.
    Mesmo o mais banal dos bonecos pode ajudar a desenvolver as mesmas capacidades do que um brinquedo com rótulo de educativo. "Quando uma criança tenta abotoar a blusa ou calçar o sapato em uma boneca, por exemplo, ela trabalha a coordenação motora fina. Fora isso, quando combina suas roupinhas de várias maneiras, intuitivamente, faz análise combinatória. Conteúdo que o adolescente só vai estudar no ensino médio", diz Maria Ângela.

    Já um brinquedo educativo com possibilidades de manipulação muito definidas pode não interessar à criança. "Quando muito diretivo, fechado, ele engessa a criatividade, que é uma capacidade ligada à liberdade de explorar, sem conceito de certo e de errado. A brincadeira mais valiosa é a livre, a espontânea", diz Vera Barros de Oliveira, presidente da ABBri (Associação Brasileira de Brinquedotecas) e uma das organizadoras do livro "Brincar É Saúde: O Lúdico como Estratégia Preventiva" (Editora WAK) .
    O importante, portanto, é brincar. "A brincadeira é indispensável para que a criança se desenvolva de forma afetivo-emocional, social, cognitiva e motora. É fundamental para que ela se torne um adulto capaz de amar e de trabalhar", diz Vera.

    Nada de aula

    Os brinquedos desenvolvidos para facilitar o ensino surgiram na década de 1980 a partir do pressuposto de que era possível ensinar brincando. Princípio com o qual a psicóloga Paula Birchal, professora da PUC (Pontifícia Universidade Católica) de Minas Gerais, não concorda. "Para mim, é contraditório. Um objeto vira brinquedo a partir da função que a criança dá a ele. Quando passa a ser utilizado intencionalmente como meio de aprendizagem, perde a função de brincar pelo prazer de brincar", afirma. Na visão da especialista, o brinquedo se torna apenas uma metodologia de ensino um pouco mais palatável.

    O desenvolvimento da criança e de seus brinquedos

    Movimentos e sentidos: até 18 meses

    • Thinkstock
    No início da vida, o maior brinquedo da criança é seu corpo. Em seu primeiro mês, a percepção visual do bebê só é boa de perto e ele pouco faz além do movimento de sucção. A partir do terceiro mês, começa a sugar os próprios dedos, a rir, a olhar as próprias mãos e a seguir as pessoas com os olhos. Move a cabeça, balança os braços, chuta o ar com o movimento que usará para, no futuro, andar, mexe o tronco, vira o corpo. Nessa fase, a criança pode se interessar por móbiles no berço.

    Por volta do quinto mês, ela começa a agir diretamente sobre os objetos. Conforme desenvolver o movimento de pegar e largar, o bebê vai se divertir com objetos como o chocalho.
    Mas a criança não quer apenas se movimentar. Quer explorar o mundo com todos os sentidos. Gosta de sentir a textura de bonecos de tecido e de pelúcia, colocar mordedores na boca –a partir do 10º mês, o bebê vai adorar morder coisas–, apertar brinquedos de guizo e demais objetos que produzam sons, desde que não sejam estridentes.
    Quando já conseguir se sentar, vai ser a vez de brincar com objetos de encaixe simples e argolas empilháveis. E não demorará para que comece a engatinhar e a ensaiar os primeiros passos. Nesse momento, a criança se diverte com brinquedos que possa empurrar e puxar –como carrinho de boneca e andador–, além de bolas, túneis de tecido e objetos que possa levar ou jogar de um canto para o outro.

    Espaço e imaginação: de 18 a 36 meses

    • Thinkstock

    Agora que a criança já consegue andar, ela quer explorar o espaço. Por isso, passa a se interessar por triciclos ou carrinhos grandes de puxar, bolas de borracha e brinquedos infláveis.
    Uma brincadeira nova entra em cena: o faz-de- conta. Seja menino ou menina, a criança gosta de imitar o que vê: brinca de casinha com réplicas de móveis, utensílios domésticos, fantasias e bonecos.

    A coordenação motora também está mais afinada após o 18º mês de vida. Por isso, a criança pode usar brinquedos de montar e de desmontar mais complexos, como blocos de tamanhos e formas diferentes e quebra-cabeças simples. Instrumentos musicais também se tornam interessantes.

    Fantasia: de 3 a 6 anos

    • Thinkstock
    Agora, o faz-de-conta ganha novas proporções. Não se trata mais de imitar, mas de criar. Surgem o teatrinho e a brincadeira com profissões. Aqui, o brinquedo deve ajudar a explorar essa criatividade, como cidadezinhas, fortes, circos, fazendas, fantoches e bonecos. Para essa faixa etária, bloquinhos de construção, que possa montar e desmontar, são bastante interessantes.
    “Muitos pais compram brinquedos caros que a criança não pode estragar”, diz Quézia Bombonatto, presidente da ABPp (Associação Brasileira de Psicopedagogia). A especialista fala, no entanto, que não há mal no ato se ela agir por curiosidade. “Já se destruir o brinquedo simplesmente por destruir, os pais devem questionar por que ela faz isso.”
    Nessa época, a criança também entra na fase de pré-alfabetização. Com carimbos, giz de cera e lápis grossos, começa a trazer suas fantasias para o papel. Também se interessa por jogos de tabuleiro e de memória, quebra-cabeças simples de pinos, dominós e livrinhos.
    O gosto pelo movimento permanece. O brincar ao ar livre pode ser explorado com equipamentos de ginástica, triciclo e bicicleta com rodinhas


    Competição e escola: de 6 a 9 anos
    • Thinkstock
    Agora vem a fase dos jogos para valer. A criança já é capaz de lidar com regras e por isso está apta a praticar esportes como futsal e tênis de mesa, a jogar bolinhas de gude, jogos de tabuleiro. Bicicleta, patins, patinete, pernas-de-pau e outros brinquedos do gênero servem agora não apenas para explorar o movimento, mas também para estabelecer competições.
    Conforme a criança entra em fase escolar, surge o grande filão de jogos considerados educativos, direcionados a conceitos específicos, como os que permitem formar palavras e manejar dinheiro.

    Fonte: Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos)


    SEU TEMPO É ESCASSO PARA CUIDAR DO SEU FILHO??






    • Trabalho impossibilita amamentação pelo tempo ideal e mães sofrem com pressão e culpa;

    Muitos pais se martirizam por trabalhar demais e passar pouco tempo com os filhos. Para Ana Lúcia Gomes Castello, consultora de psicologia do Hospital Infantil Sabará, de São Paulo, a premissa de que qualidade é mais importante do que quantidade é, de fato, verdadeira. "Quando os pais conseguem ter qualidade na relação com os filhos, eles alimentam as necessidades deles e são mais felizes", diz. Ela conta que não são poucos os casos de mães que não trabalham e que acabam sufocando os filhos com cuidados e controle, prejudicando a relação. Muitas querem fazer tudo o que a criança deseja acabam prejudicando seu desenvolvimento emocional.
    Para Paula Kioroglo, psicóloga do Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo, a qualidade do afeto é, sim, mais importante que a quantidade de tempo, mas isso não significa que pouco tempo pode ser compensado com muito afeto. "Alguns minutos de muito carinho não são suficientes. É necessário um período que permita que a criança conviva com os pais, receba atenção e limites e perceba amor nessas atitudes".
    A também psicóloga Lizandra Arita diz que é importante observar que "qualidade de tempo" não significa apenas sentar ao lado do filho enquanto ele assiste a um filme e você lê uma revista. Também não significa levá-lo para a escola e, enquanto dirige, mantém a cabeça em diversas outras coisas, menos no passageiro em questão. "Estar junto fisicamente não representa estar junto de verdade. Por não saber distinguir uma coisa da outra, muitos pais acham que o simples fato de estar debaixo do mesmo teto é suficiente”, acusa.

    Dicas para enfrentar situações cruciais sem culpa

    Não comprar presentes fora de datas comemorativas
    Adiar a realização de um desejo e esperar uma data para ganhar o que se quer ensina a criança a valorizar conquistas. Se o fator financeiro não for o impedimento e você quer recompensar a criança por uma boa nota na escola, por exemplo, a sugestão da psicóloga Ana Lúcia Gomes Castello, do Hospital Infantil Sabará, é investir em itens como livros, quebra-cabeças e jogos de memória, que estimulam o desenvolvimento cognitivo da criança. Outra ideia é ensinar o filho a doar um brinquedo velho para cada item novo que recebe.

    Não ter pique para brincar quando a criança está a mil
    Adultos não precisam participar de todas as brincadeiras da criança. Ela precisa ser capaz de brincar sozinha e ter espaço com outras crianças para realizar brincadeiras mais ativas e energéticas. O tempo com os pais pode ser usado para outro tipo de atividades, que deem prazer a ambos, como leitura, contar histórias, jogos, desenhos, conversas. "Se estiver muito cansado, encare esse momento como uma ginástica; no fim, em geral, ficamos mais energizados, porque uma parte bastante significativa do cansaço é tensão. Brincar pode ajudar a relaxar", diz a psicóloga Maria Teresa Reginato. "Você vai dormir melhor e sem culpa; e a criança, menos carente, vai exigir menos."

    Não ter condições de fazer uma viagem bacana todo ano
    Primeiro avalie: essa é uma necessidade real da criança ou sua? O que é uma viagem bacana para você? Você já experimentou fazer um piquenique diferente em um parque, em uma tarde de sábado? Já pediu para seus filhos lavarem o carro ou até um tapete da casa e, no final, se deliciaram com um banho de mangueira? Brincou de esconde-esconde com o seu filho na garagem do seu prédio ou na rua da sua casa? "Faça isso e depois reflita se o que é mais importante é uma viagem ou os momentos descontraídos em família", desafia a psicóloga Lizandra Arita. E tudo isso sem se estressar com a fatura do cartão de crédito.

    Ficar pouco tempo com as crianças durante a semana por causa do trabalho
    É importante deixar claro para o filho que os pais não podem estar disponíveis o tempo todo, que o trabalho é importante e que a criança também tem seus momentos longe de casa, na escola. No tempo livre é preciso dar prioridade a bons momentos com as crianças. Mas, se a sua rotina de trabalho proporciona muito pouco espaço para estar com os filhos, talvez seja interessante rever isso, pensar no que pode ser mudado. Para Maria Teresa Reginato, estar fora o dia todo não significa estar ausente. "Telefonar para saber como está o dia da criança é uma maneira de mostrar que ela não sai de seu pensamento. Seu filho vai sentir seu afeto, principalmente se você ligar porque queria mesmo estar com ele, e não por culpa."

    Escolher uma escola que não é a ideal, no seu ponto de vista
    Em alguns casos não é o fator financeiro que conta. Entre uma escola ideal que fica longe, e uma boa e mais próxima de casa, a segunda tende a ser a escolhida. "A melhor escola é aquela que cabe no seu bolso, que está perto de sua casa, que atende às suas necessidades e às necessidades do seu filho. Às vezes, são necessárias escolas diferentes para cada filho, pois eles são diferentes e não se deve tratá-los da mesma forma", diz a psicóloga Elizabeth Monteiro. E nem sempre a melhor escola é o mais importante para uma formação. Os pais podem compensar uma escola não tão boa com atividades culturais em família: passeios, viagens, visitas a museus, leituras e filmes.

    Ouvir a criança comentar que o tênis ou o brinquedo do amigo é melhor
    Segundo Maria Teresa Reginato, as crianças absorvem tudo o que veem. "Assim, não são as crianças que comparam. Nós, adultos, é que comparamos, eles apenas imitam. Precisamos ser capazes de dizer: ‘aqui em casa nós achamos importante isso’ ou ‘nós decidimos que tem mais valor aquilo’. Sempre é bom ter em mente que a criança chega ao mundo sem saber se nasceu em um lar rico ou pobre. Ela aprende a querer o que os pais querem", declara.

    LIVRE-SE DA CULPA POR NÃO PODER FAZER TUDO O QUE VOCÊ GOSTARIA POR SEUS FILHOS



    Ter filhos é alternar o tempo todo sentimentos contraditórios, como amor incondicional e uma culpa atroz por achar, 24 horas por dia, que nunca está fazendo o bastante por eles. Alguns pais, em busca de objetivos que devem beneficiar as crianças –uma viagem de férias ou uma boa escola, por exemplo–, resolvem cortar supérfluos para economizar. Outros, diante de fatos inesperados como a perda de um emprego, se veem forçados a privar as crianças de brinquedos novos e passeios, até que as coisas se ajeitem.

    Se tais circunstâncias são difíceis de aceitar até para um adulto, como mostrar a realidade à criança? Para a psicóloga Marilia Castello Branco, independentemente do caso, não dar tudo é uma das coisas mais importantes que os pais podem fazer por seus filhos. "Limitações são parte da existência e ajudam a amadurecer. Se uma criança tem todas as suas necessidades satisfeitas imediatamente, torna-se menos preparada para lidar com as frustrações que, inevitavelmente, a vida proporcionará", explica.

    Para a psicóloga e pedagoga Elizabeth Monteiro, autora de "A Culpa É da Mãe" (Summus Editorial), é importante falar com os filhos sobre a situação financeira com honestidade. "Não tenha vergonha disso e nem o ensine a sentir vergonha de si mesmo. Mostre o quanto é duro conquistar as coisas e que não é possível levar a vida que muita gente leva", diz Monteiro. Segundo a psicóloga, os pais devem explicar aos filhos que, quando crescerem, poderão trabalhar e ter as coisas que, hoje, a família não pode ter. "É uma maneira de ensiná-lo a fazer projetos de vida”, explica a especialista.

    Segundo Elizabeth Monteiro, a viagem, o intercâmbio, os brinquedos desejados e as festas são coisas a se conquistar –não julgue a si mesmo se, no momento, você não pode proporcioná-las. "Não minta, não engane nem prometa coisas que não estão ao seu alcance. Quando os pais estão seguros do que dizem e de como agem, a criança costuma aceitar com naturalidade”, diz a psicóloga. O mesmo vale para os planos: é fundamental compartilhá-los com os filhos, porque, para as crianças, a noção de futuro é complexa. Ao se sentir parte de um projeto, ela terá mais paciência para esperar por aquilo que quer. Ensiná-la a guardar moedas em um cofrinho é um bom começo.

    Na opinião da psicóloga Maria Teresa Reginato, é comum, em nossa cultura, projetar nos filhos a realização de nossos desejos frustrados. Se a pessoa passou por dificuldades materiais, quer dar uma vida mais fácil para o filho; se teve pais excessivamente severos, será mais flexível com o filho, e assim por diante. "O equívoco está nessa projeção, porque a pessoa não está olhando para o filho, mas para ela mesma e seus desejos e necessidades frustrados", diz. Quanto às frustrações do adulto, Reginato orienta que ele as realize, como, por exemplo, sendo menos rígido com si mesmo apesar da educação severa que teve; ou menos complacente, caso tenha sido mimado.

    Para a psicóloga Lizandra Arita, ter o desejo de oferecer o melhor ao filho é um posicionamento natural da parte de cada pai e mãe. O risco surge quando a dedicação ao filho rompe a linha da normalidade, ou seja, os pais se esforçam para corresponder a todos os seus desejos, sem impor condições ou limites para isso. "É muito importante que os pais tenham em mente que nem tudo o que o filho quer é o que ele realmente precisa. Permitir que a ansiedade e o sofrimento dominem seus sentimentos por causa de um pedido não correspondido é algo muito perigoso e deve ser observado com muita atenção", declara.

    COMPORTAMENTO DOS PAIS INFLUENCIA NO FUTURO PROFISSIONAL DOS FILHOS



    • Pais que reclamam do trabalho podem criar filhos com dificuldade de encarar a vida profissional


      Você costuma chegar do trabalho resmungando com muita frequência? Encara o emprego como um martírio ou uma humilhação? Ou, ao contrário, demonstra que sua carreira é a coisa mais importante da sua vida? Saiba que comportamentos desse tipo podem afetar a forma como os seus filhos enxergarão a vida profissional futuramente.

    "Os pais são modelos para os filhos. Se eles chegam todos os dias contando situações horríveis, as crianças não vão querer ter o mesmo futuro", afirma a psicóloga Marina Vasconcellos, especialista em psicodrama e terapia familiar. Como consequência disso, além de fugir da mesma carreira que a sua, seus filhos podem encarar o trabalho como um sacrifício --mesmo antes de entrar para o mercado de trabalho.

    Por outro lado, passar uma imagem extremamente positiva da profissão aos filhos, e estimulá-los a se aproximar do seu mundo profissional, pode fazer com que eles sigam seus passos sem refletir sobre seus verdadeiros desejos. "É um perigo, pois pode não ser o que eles querem fazer, embora sintam que pertençam a esse universo", afirma Marina.

    Resistência à frustração


    Família que passa a ideia de que o trabalho deve ser uma fonte completa de felicidade pode gerar um filho adulto com maiores chances de se frustrar profissionalmente, segundo a psicóloga e psicanalista Blenda de Oliveira, membro da SBPSP (Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo). "O trabalho nem sempre precisa ser sinônimo de felicidade. Às vezes, leva um tempo para encontrar aquilo que nos satisfaz", diz Blenda. Para ela, a profissão não precisa ser necessariamente o que mais se ama, mas, sim, o que se faz de melhor. "Quando o trabalho não é tão idealizado, a relação é mais saudável e mais produtiva", diz.

    Quem idealiza uma vida profissional cheia de sucesso e reconhecimento desde a infância pode se tornar um jovem que desiste diante do primeiro obstáculo ou quando é contrariado. "Essa situação é mais frequente em famílias que não precisam do trabalho para sobreviver e, por isso, os filhos não entendem que o estresse faz parte do trabalho. Eles acham que têm de começar com um bom cargo, ganhando bem, ou não vale a pena sair de casa", diz Blenda.

    segunda-feira, 29 de outubro de 2012

    DIA 29 DE OUTUBRO - DIA NACIONAL DO LIVRO

                                                  Sem eles a humanidade não evoluiria
                                              Um novo mundo a ser descoberto..
                                             Que prazer a leitura nos dá, e quantos conhecimentos nos
                                             proporciona,  
                                                          Ler, ler e ler...sempre

    sexta-feira, 12 de outubro de 2012

    APRENDENDO A TIRAR A FRALDA..



    Pediatra ensina como tirar a fralda da criança de uma vez por todas


    Assim como a chupeta, a fralda é um item um pouco difícil de excluir da vida dos bebês. O hábito acaba fazendo com que eles se acostumem com o fato de fazerem suas necessidades ali, na fralda. Para ensiná-los que o lugar certo do xixi e cocô é na privada, é preciso muita calma, paciência e conversa com eles, além de muita persistência. O ideal é passar por esse momento sem rigidez.

    “Não podemos estabelecer uma regra geral para a retirada da fralda dos bebês, uma vez que muitos fatores estão envolvidos na aquisição do controle esfincteriano, inclusive socioculturais”, comenta a pediatra geral Dra. Raquel Quiles. Ela comenta que o momento para tirar esse hábito das crianças pode ser iniciado quando elas começam a dizer que a fralda está suja, distinguem o xixi do cocô e conseguem chegar ao banheiro para eliminá-los.

    Ela diz que o controle das crianças em relação a essas eliminações se dá mais fortemente após os 21 meses, e que antes disso a exclusão do hábito provavelmente não terá sucesso. Fica mais difícil para elas conseguirem controlar a situação. Outro ponto que ela reforça é que mesmo quando já aprenderam a usar o vaso sanitário alguns fatores podem atrapalhar esse momento, como o nascimento de um irmão, a separação dos pais, a ida à escola, entre outros. Nesses casos, consultar um pediatra é uma boa opção. Ele pode ajudar a criança nessa fase de seu desenvolvimento.

    Além de conversar com calma com a criança, é preciso despertar o seu interesse, explicando que agora ela deve dizer quando precisar fazer suas necessidades para ir ao banheiro, deixar de usar a fralda. A pediatra diz que deixar a criança ver os pais ou os irmãos usando o vaso sanitário pode ajudar nesse momento.

    Ela indica que a fralda diurna seja retirada primeiro, pois durante o dia os pais sempre acompanham as crianças e podem conversar com elas e receber o pedido para ir ao banheiro. “Quando as crianças já têm o controle diurno e já estão conseguindo ficar com a fralda seca à noite, podemos tentar retirar esta”, indica. Para que o uso do vaso sanitário seja feito de maneira adequada, a pediatra diz ser preciso usar os redutores de assento e ter um apoio para os pés da criança, ou optar pelo peniquinho.

    Esse processo tem que ser feito aos poucos. A Dra. Raquel reforça que esse momento não pode ser forçado pelos pais. “Durante esse processo de aprendizado do controle das eliminações fisiológicas podem ocorrer escapes. Deve-se, então, conversar com a criança, deixá-la tranquila de que isso faz parte e encorajá-la a conseguir nas próximas vezes”.

    Nem sempre a retirada da fralda gera o sentimento de perda para as crianças. “Geralmente elas ficam felizes e querem a retirada das fraldas quando estão prontas para fazê-la”, diz.

    domingo, 30 de setembro de 2012

    COMPORTAMENTO INFANTIL - SEU FILHO COSTUMA SER UM PROBLEMA?



    "Meu filho é um problema" é uma frase pronunciada com bastante frequência por muitos pais. Professores também falam dessa maneira em relação a alguns de seus alunos.
    A maioria dessas crianças não é um problema: elas causam problemas para os seus responsáveis porque exigem uma atenção especial em seu processo educativo.
    De vez em quando, todas as crianças, sem exceção nenhuma, se descontrolam, fazem birra, atrapalham o que o grupo faz, desorganizam o ambiente e arrumam encrencas verbais ou físicas com outras crianças. Todas elas procuram resolver seus conflitos à força, usam e abusam de sua capacidade de provocação e testam até o limite os valores dos adultos.
    Pois bem: há crianças que fazem essas coisas quase que o tempo todo. São essas as chamadas de "problemáticas" ou difíceis.
    Algumas dessas crianças, inclusive, foram encaminhadas a médicos, psicólogos e outros especialistas, ganharam algum tipo de diagnóstico e estão sendo medicadas e/ou tratadas.
    Entretanto, muitas delas continuam criando situações problemáticas para os adultos responsáveis por sua educação.
    No filme nacional chamado "O Contador de Histórias", um adolescente que vivia em uma instituição foi considerado "irrecuperável". Mas ele teve a sorte de encontrar uma mulher que não aceitou o destino planejado para ele e decidiu lhe oferecer uma chance.
    A história mostrada no filme é inspirada em fatos reais. Hoje, aquele adolescente é pedagogo e um contador de histórias conhecido internacionalmente.
    As crianças chamadas de problemáticas ou difíceis merecem, da parte dos adultos que as educam, a mesma compaixão que o personagem do filme recebeu. Empreitada difícil? Sim, sem dúvida alguma. Por isso, vamos nos dedicar a refletir a esse respeito.
    Muitos afirmam que algumas dessas crianças fazem o que fazem "apenas" para chamar a atenção.
    Pode ser verdade, já que muitas delas só conseguem atrair o olhar dos adultos que com elas convivem quando assim agem. Então, uma boa saída a oferecer a essas crianças não seria exatamente dar a elas o que elas pedem e precisam?
    Não se trata, aqui, de aceitar o que a criança faz de errado. Ela consegue entender que ela não se resume àquilo que faz, quando o adulto a ajuda a perceber a diferença entre essas duas coisas.
    Outra possibilidade que, combinada com a anterior, costuma funcionar é o adulto ter o entendimento de que essas crianças precisam de disciplina e firmeza. E que disciplina e firmeza são coisas muito diferentes de castigos e exaltação de ânimo. Ser firme é bem diferente de ser bravo, não é?
    Finalmente: essas crianças devem ser tratadas como crianças que são -e não como alguns adultos que acatam o que lhes dizem e se esforçam para mudar seu comportamento.
    Com as crianças precisamos, todo santo dia, agir como se fosse a primeira vez que elas tivessem feito aquilo que fizeram, mesmo que elas já tenham ouvido que não deveriam fazer.
    O mais importante é ensinar a essas crianças que existem para elas outras escolhas, melhores. Afinal, quem é que não gosta de ser escolhido como companhia em vez de ser rejeitado?
    É isso que essas crianças precisam aprender: que o seu comportamento faz com que outras crianças e até adultos evitem a companhia delas. E é bom saber que quem aprendeu a obter atenção dessa maneira não consegue mudar de estilo com facilidade.
    Paciência, perseverança, insistência, firmeza, serenidade e compaixão: são esses os ingredientes necessários para aqueles que têm a responsabilidade de educar essas crianças.

    ROSELY SAYÃO é psicóloga e autora de "Como Educar Meu Filho?" (Publifolha) 
    Assistam ao filme é muito bonito, vale a pena! "O CONTADOR DE HISTÓRIAS"

    sexta-feira, 21 de setembro de 2012

    PARA AS GRÁVIDAS - DICAS




    Constipação intestinal em mulheres grávidas é comum

    ASSUNTOS: Gravidez

    como evitar prisão de ventre: descubra

    Foto: Getty Images
    Renata Pinheiro

    A prisão de ventre é comum em muitas mulheres. Mas mais comum ainda em mulheres grávidas. Chamada 'constipação intestinal', é essa  dificuldade constante ou eventual para eliminação das fezes. "A lentidão do trânsito intestinal, causada por vários motivos como ingestão pobre de fibras, alimentos constipantes, pouca ingestão de líquidos e causas hormonais leva ao ressecamento das fezes e, com isso, a dificuldade na eliminação", explica o Dr. Walter Palis, ginecologista e obstetra.

    As mulheres são mais suscetíveis a esta condição, em função da presença de um hormônio feminino chamado progesterona, que tem como uma de suas ações a diminuição da contração das fibras musculares lisas, presentes em todo o intestino. "Com isso, a contração da musculatura intestinal se dá de forma menos eficaz e essa lentidão leva a tal constipação, que é a própria prisão de ventre", explica o médico.

    Tendência é prisão de ventre piorar com o avanço da gravidez
    Na gravidez, o hormônio progesterona está muito aumentado, para inibir a contração da musculatura do útero, e acaba também reduzindo a contração da musculatura intestinal. Isso contribui para a dificuldade ao evacuar. Como os níveis de progesterona vão aumentando seus níveis à medida que a gravidez avança. Assim a constipação intestinal pode aparecer logo nos primeiros meses e frequentemente vai piorando progressivamente à medida que a gestação avança, em função do aumento deste hormônio.

    Os sintomas variam de pessoa a pessoa, sendo os mais comuns, a distensão (inchaço) abdominal, cólicas, peso no abdômen inferior, desconforto abdominal, sensação de "empanzinamento" (barriga cheia), dificuldade, dor e sangramento nas evacuações. Apesar de todos estes sintomas possíveis, eles estão afeitos exclusivamente à mãe. Não comprometem a saúde do bebê.

    Imagem ilustrativa / Foto: Getty Image
    Dieta rica em líquidos e fibras é melhor forma de evitar mal estar

    A melhor forma para se atenuar/evitar este problema é uma dieta equilibrada, rica em fibras e líquidos, e prática rotineira de atividade física. Existem várias formas de tratamento, que podem ser utilizadas isoladas ou conjuntamente. "A reeducação alimentar, aumentando a ingestão de fibras alimentares e líquidos, promove melhora do quadro. Na outra ponta, evitar os alimentos constipantes, como pão, batata, farináceos, banana, maçã, arroz", explica Palis.

    Podem-se utilizar também medicamentos à base de fibras, que são mais naturais. Outro forma de tratamento é o uso de laxantes e em casos extremos, o uso de lavagem intestinal. Como tratamentos coadjuvantes, pode-se empregar a acupuntura e a homeopatia. A escolha do tratamento ideal para cada paciente, depende de avaliação médica criteriosa.

    terça-feira, 18 de setembro de 2012

    QUAL A MELHOR DIVERSÃO PARA CADA IDADE?




    A educadora Adriana Friedmann, autora dos livros A Arte de Brincar eDesenvolvimento da Criança através do Brincar, indica a melhor brincadeira para cada faixa etária

    A educadora Adriana Friedmann, autora dos livros A Arte de Brincar eDesenvolvimento da Criança através do Brincar, explica que o "brincar" deve ter lugar prioritário na vida da criança. "Brincar é fundamental na infância por ser uma das linguagens expressivas do ser humano. Proporciona a comunicação, a descoberta do mundo, a socialização e o desenvolvimento integral", afirma. 

    De acordo com a educadora, o "brincar" é composto por vários elementos: uma estrutura (começo, meio e fim), os meios (como brincar), os fins (por que brincar), o conteúdo (a temática da brincadeira), as regras, o espaço, o tempo, os brinquedos, os parceiros e um comportamento lúdico (ações e reações daqueles que brincam). "Historicamente o homem sempre brincou, através dos diversos povos e culturas e no decorrer da história, sem distinção, nas ruas, praças, feiras, rios, praias, campos. Mas, ao longo do tempo, as formas de brincar, os espaços e tempos de brincar, os objetos de brincar e os brincantes foram se transformando", afirma Adriana Friedmann.

    Segundo a educadora, brincar sempre foi essencial para o ser humano, mas é uma ação que está perdendo seu espaço físico e temporal. Entre as causas dessa perda de espaço estão o crescimento das cidades, a ausência de locais públicos voltados para o lazer, o fato de as crianças terem muitas atividades extracurriculares, a falta de segurança e a inserção da mulher no mercado de trabalho, o que diminuiu o tempo das crianças perto da família. 

    Tudo isso provocou uma redução na quantidade de tempo que as crianças dedicam a brincadeiras. Para não deixar que o seu filho cresça sem saber o que são brincadeiras como esconde-esconde e amarelinha, é preciso que você entre em ação, acompanhe as atividades dele e incentive-o a brincar de forma saudável e adequada para a idade. A educadora Adriana Friedmann alerta: cada faixa etária exige um tipo diferente de brincadeira. Veja a seguir quais as atividades mais indicadas para cada idade e, depois, responda ao teste elaborado pela educadora para descobrir se você sabe incentivar o seu filho a brincar de forma saudável e educativa

    A MELHOR BRINCADEIRA DO 0 AOS 3 ANOS
    O que a criança curte nessa fase: As crianças menores gostam de levar objetos à boca, jogá-los e deixá-los rolar. Gostam também de sons, que estimulam o movimento.

    O que os pais devem lembrar: Nesta fase, é importante que o adulto esteja sempre por perto. As crianças devem brincar em espaços seguros e sem riscos. Também é preciso observar a alimentação e o sono, pois passeios muito longos podem cansar. Entre zero e 3 anos, é muito importante que a criança tome ar puro e sol e fique em contato com a natureza. Mas é bom observar o horário: das 9 às 11horas ou entre 15 e 16 horas.

    Atividades ideais: Aquários, parquinhos infantis, peças ou apresentações musicais infantis, passeios ao ar livre em carrinhos são atividades ideais. 

    Ponto de atenção: Não se recomenda exposição à TV, computador ou vídeos. Espaços muito barulhentos e lotados, como shopping centers, não são adequados, pois as crianças precisam de liberdade para se movimentar.

    Dica da Adriana: "Nessa idade, o mais importante é que o adulto se adapte ao programa dos menores".
    Fonte: Educar para crescer - o link está no blog ao lado