quarta-feira, 31 de julho de 2013

COMO ENSINAR AS CRIANÇAS SOBRE A PASSAGEM DO TEMPO


A criança e a passagem do tempo


Curiosa, a criança percebe as alterações do tempo, mas ainda não as entende

Redação Crescer

Paladino
A principal característica do desenvolvimento da inteligência nessa fase é a curiosidade. A criança fica mais perguntadora. Ela percebe as mudanças ao seu redor, até mesmo as do tempo, e quer saber por que elas acontecem. "Mamãe, por que as folhas da árvore estão no chão?" Foi assim que Isabela Fruet, 3 anos e meio, percebeu, no ano passado, a chegada do outono. A menina notou a mudança da estação por causa de algo concreto. Ela ainda não entende que o ano é dividido por estações ou que existe presente, passado e futuro. "A noção temporal nessa idade ainda é muito rudimentar, mas começa a dar sinais", explica o neuropediatra Luiz Celso do Amaral, do Hospital Samaritano. "A compreensão do ontem e amanhã passa a se desenvolver depois dos 5 anos, quando a criança tem noções mais claras de tempo e de espaço (antes e depois, perto e longe) e de lateralidade (direita e esquerda)." Até lá, para entender o mundo, a criança se vale da sua rotina de atividades para fazer associações temporais. Quando escurece, por exemplo, é hora de jantar. Por isso, Isabela não entendeu o início do horário de verão. Quis saber por que tinha de jantar com o dia claro. 

Fantasia A noção de tempo e espaço exige pensamento concreto, racional, algo que nessa fase da vida a criança não tem porque vive no mundo do faz-de-conta. Mas, mesmo assim, ela quer compreender a passagem do tempo e está sempre pedindo explicações. Responder que um aniversário é na terça-feira não ajuda. Só vai suscitar nova pergunta: E quando é isso? 
Segundo o neuropediatra, deve-se então aproveitar e entrar no mundo imaginário do filho. "Recorra a histórias que envolvam dias da semana para explicar quando determinado dia vai chegar ou explique que a viagem acaba quando papai desligar o carro." Para os educadores, a forma mais eficiente de fazê-la entender é colar papéis na parede e ir arrancando um por dia até o último, o que indica o acontecimento. Ou ainda fazer argolas de papel, grudar umas nas outras, colar a tira no teto. Cada argola representa um dia, cortá-la significa que ele acabou. Assim, você estará ajudando seu filho a compreender como funciona o mundo. 

Um processo muito complexo Ter percepção temporal significa compreender as dimensões do tempo em relação a acontecimentos do passado, presente e futuro. Significa dominar as noções de agora, ontem, hoje, amanhã, antes, depois, noite, dia, novo, velho. Inclui também a habilidade de organizar os fatos de acordo com o momento em que estes forem acontecendo, ou seja, ter consciência da seqüência de ações. E ainda saber classificar 
os movimentos de acordo com sua velocidade (lentos ou acelerados), a duração do tempo e o ritmo de cada pessoa. 

sexta-feira, 26 de julho de 2013

AGORA É PARA VALER - SEMANA CHEIA, VAMOS QUE VAMOS!


SEJAM BEM-VINDOS (AS) NOVAMENTE, ESPERAMOS QUE O RECESSO TENHA SIDO PRODUTIVO E QUE TODAS (OS) TENHAM APROVEITADO ESSES DIAS PARA CURTIR A FAMÍLIA, SE DIVERTIR, CURTIR O FRIO JUNTINHO AO LADO DE QUEM AMAMOS.

QUE  ESSE SEMESTRE SEJA PROFÍCUO E CHEIO DE NOVIDADES.
QUE AS CRIANÇAS SE DIVIRTAM APRENDENDO E JUNTAS POSSAMOS TAMBÉM APRENDER COM ELAS E NOS DIVERTIRMOS.

BOM RETORNO A TODAS PROFESSORAS, EDUCADORAS, ESTAGIÁRIAS, SECRETÁRIA, PESSOAL DA COZINHA, DA LIMPEZA, PEDAGOGA E DIRETORA.
VAMOS JUNTAS FAZER O MELHOR PELO "NOSSO CMEI" E PELAS NOSSAS CRIANÇAS!


 




BRINQUEDOS FÁCEIS DE FAZER

10 brinquedos que você pode fazer em casa

Pipa, cinco marias, pé de lata... como fazer brinquedos artesanais para as crianças


Foto: Basta materiais simples para fazer um brinquedo


Materiais simples ou sucatas podem virar um brinquedo nas mãos de uma criança. Para isso, basta que ele faça pensar, intrigue ou simplesmente divirta. Quer ver só? Entregue a ela um cavalinho de pau e observe se ela não sai cavalgando pela escola. 

Os brinquedos dizem muito sobre o tempo, a cultura e as características de um povo. Uma coisa, no entanto, não muda. O encanto que causam nas crianças. Com objetos simples, elas se entretêm e viajam para um mundo de imaginação - se transformam em cavaleiros e equilibristas, voam pelos céus... Para incrementar ainda mais esses momentos de diversão, convide os pequenos para uma oficina. Eles vão dar mais valor aos tradicionais cavalos de pau, pés de lata e bambolês se ajudarem você a produzi-los.

 BOTÃO
Estica e solta, estica e solta... assim a criançada faz as tampinhas desse brinquedo girarem, produzindo um barulhinho mágico. Inventado em 1930, o futebol de botão é passatempo para todas as idades. O brinquedo também é conhecido por corrupio ou currupicho.

IDADE - A partir de 4 anos.

O QUE DESENVOLVE - Coordenação motora e ritmo.

COMO FAZER - O modelo tradicional é feito com um pedaço de fio que passa pelos dois furos de um botão grande amarrado com um nó nas pontas. Para esta variação, que produz som, separe quatro tampinhas de garrafa PET; um pedaço de fio de náilon torcido ou barbante fino de 1 metro de comprimento; três pedrinhas ou miçangas; e fita adesiva. Esquente a ponta de um prego pequeno e faça dois furos em cada tampinha de forma que eles fiquem centralizados. Passe-as pelo cordão de maneira alternada: uma de boca para baixo e outra de boca para cima. Dê um nó unindo as pontas da linha. Dentro de uma das tampas centrais, coloque as pedrinhas ou miçangas e tampe com a outra. Una-as com fita adesiva. Cuidado para que as linhas não fiquem torcidas dentro das tampinhas. Deixe-as esticadas, com um orifício bem na direção do outro.

COMO BRINCAR - As duas tampinhas que ficam nas extremidades servem para segurar o brinquedo. Mantenha uma em cada mão e, com o cordão frouxo, dê um impulso para a frente para enrolar bem o cordão. Estique em seguida. As tampinhas do meio giram em grande velocidade produzindo um barulhinho. Depois, é só esticar e afrouxar o cordão.

CAVALO DE PAU
Um simples cabo de vassoura é suficiente para divertir as crianças com um cavalo de pau. Cada um monta em seu "animal" e sai cavalgando pela escola. Outra boa pedida é a garotada apostar uma corrida.

IDADE - A partir de 4 anos.

O QUE DESENVOLVE - Coordenação motora e exercício de pernas e pés.

COMO FAZER - Desenhe a cabeça do cavalo em um pedaço de EVA e recorte. É possível substituir esse material por papel cartão. Dobre ao meio, desenhe o olho e faça vários furos, alinhados, a um dedo de distância da borda. Deixe um espaço sem furar na parte de baixo. Corte pedaços de 50 centímetros de lã e passe pelos furos. Amarre-os para fechar a cabeça do cavalo e compor a crina. Faça também um ou dois furinhos para formar o focinho do animal. Encaixe a cabeça em um cabo de vassoura.

COMO BRINCAR - A criança monta no brinquedo e "cavalga" pela escola. Você pode organizar uma corrida. Trace no chão uma linha de partida e outra de chegada e dê o sinal de largada. Outra sugestão é usar os cavalos nos teatrinhos. Todo príncipe monta um belo animal.

ENROLA-BOLA
Um pulo e uma gingadinha para a direita. Outro pulo e outra gingadinha... Em dupla, as crianças brincam até enrolar a bola no cordão

IDADE - A partir de 4 anos.

O QUE DESENVOLVE - Coordenação motora, integração com o parceiro e ritmo.

COMO FAZER - No centro de um pedaço de cordão de algodão grosso de 1,5 metro de comprimento, pendure uma corda fina de 40 centímetros. Na ponta dela, prenda uma bola de meia de náilon, recheada com retalhos de tecido ou fios de lã. Em cada ponta do cordão principal amarre um pedaço de 1 metro de corda fina.

COMO BRINCAR - A brincadeira é feita em dupla. Cada um amarra um pedaço da corda em sua cintura. O objetivo é enrolar a bola no cordão. Para isso, as duas crianças têm de gingar e pular de maneira coordenada. Quando conseguirem, proponha à dupla repetir a brincadeira só que posicionada de lado e, depois, de costas. Sugira também uma corrida. Na ida, os parceiros enrolam a bola e, na volta, desenrolam.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

COMO LIDAR COM A AGRESSIVIDADE DAS CRIANÇAS PEQUENAS



Veja como ensinar às crianças pequenas que a agressão não é a maneira correta de resolver os problemas


Chutar, morder, bater, gritar, xingar: muitas vezes as crianças utilizam as atitudes agressivas para mostrar seus sentimentos, suas frustrações ou seus desejos. "A agressividade é uma linguagem específica utilizada para comunicar sentimentos fortes que nem sempre estão sendo percebidos pelos outros, mas que se fazem urgentes e necessários. É geralmente um pedido de socorro, um grito", explica a psicóloga Eliana de Barros Santos. Aos pais cabe mostrar, ao longo do processo educacional dos filhos, que há maneiras melhores de se expressar e de resolver os conflitos e os problemas. Isso se faz, em primeiro lugar, dando o exemplo: as crianças, especialmente os menores, aprendem muito pela imitação das atitudes dos adultos.
1. Por que crianças pequenas têm atitudes agressivas?
Pode não parecer, mas a agressividade é uma linguagem, uma forma de expressar sentimentos e desejos. "Não é a maneira mais correta, mas talvez seja a única forma que o filho aprendeu a usar nos momentos de angústia, ansiedade e principalmente de frustração, diz Quézia Bombonatto, psicopedagoga e presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp). Entre as situações de frustração, estão, por exemplo, ouvir um "não" quando pede para os pais comprarem um brinquedo ou ter que parar de brincar na hora de ir dor

2. Como agir quando a criança pequena usa a agressão para conseguir o que quer?
Os pais não devem atender aos desejos dos filhos quando eles tomam atitudes agressivas, porque isso só vai reforçar a ideia de que é pela força, pela agressão e pelo grito que conseguimos o que queremos. "Os pais não podem reforçar esse comportamento. No caso da birra, não se pode atender ao pedido enquanto o filho não tiver um comportamento adequado", diz Quézia Bombonatto, psicopedagoga e presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp). Segundo ela, os pais devem também refletir sobre como eles próprios agem quando querem alguma coisa, para avaliar se estão dando o modelo correto para seus filhos: "Os pais precisam observar suas próprias atitudes, suas "birras", antes de começarem a exigir das crianças aquilo que talvez falte em seus próprios comportamentos".
3. Que outras situações podem despertar o comportamento agressivo dos pequenos?
A agressividade também pode estar vinculada a situações que geram estresse na criança tais como luto, separação dos pais e a gravidez da mãe (que traz o medo de perder o afeto dos pais com a chegada do irmão mais novo). "Para lidar com a situação de forma tranquila é necessário tomar consciência do problema e acolher a criança em seus sentimentos de receio, medo, angústia. Para isto é preciso olhar para ela com cuidado e atenção, buscando ver além do gesto que a criança está utilizando para se fazer entender. Boas horas de intimidade e aconchego verdadeiro são os melhores remédios", afirma a psicóloga Eliana de Barros Santos.
4. Como os pais devem agir quando veem seu filho envolvido em uma briga?
Crianças pequenas brigam com frequência e os pais devem supervisionar de perto para orientá-los e ensiná-los sobre como se portar nessas situações, ensina a psicóloga Eliana de Barros Santos. "Se a criança bater em outra, interfira e separe os dois, mas lembre-se de não supervalorizar a briga. Console e atenda a criança que foi agredida para depois orientar o agressor dizendo que a atitude dele não foi boa e que provocou dor no colega", diz Eliana. Ela orienta que o mesmo deve ser feito se a briga for entre irmãos: "Fique atento para não ceder aos gritos do menor, por achar que ele é mais frágil, pois dessa forma você estará mostrando que a birra tem poder. Aja com justiça. Para crianças pequenas, até cerca de dois anos, é necessário ser incisivo e direto, dizendo em poucas palavras e de forma clara olhando em seus olhos: ‘Não bata! Quando bate, dói’".
 Se os pais agem de forma agressiva, isso influencia as crianças pequenas?
As crianças aprendem, de forma geral, por imitação. Por isso, é preciso atenção: muitos dos comportamentos agressivos dos pais e adultos são aprendidos pelas crianças. "Criança vê, criança faz: não temos dúvida de que a criança apresenta comportamentos copiados dos seus pais ou cuidadores. Para se evitar que a criança se comporte de forma agressiva é preciso que os pais revejam o seu próprio comportamento e identifiquem situações onde costumam se comportar de forma agressiva", diz a psicóloga Eliana de Barros Santos. "Observe se você costuma apresentar agressividade de forma física, batendo na criança ou em animais. Avalie como você trata seu companheiro ou companheira e até mesmo se costuma descontar a raiva nos objetos quando está enfurecido e perde o controle", afirma Eliana. Ela acrescenta que há ainda outros tipos de agressividade que podem ser absorvidos pela criança, como os comentários que os adultos fazem em relação a outras pessoas. "Por exemplo, quando se diz: "esse sujeito é um idiota, alguém deveria socar a cara dele...". A criança capta a mensagem e pode vir a "socar" algum colega quando sentir que este é um comportamento natural", diz Eliana
. A agressividade pode ser também uma tentativa de chamar a atenção dos pais?
Sim, essa também pode ser uma das possíveis causas das atitudes agressivas. "Podemos imaginar que os filhos têm um potinho que precisa ser cheio com carinho e atenção dos pais diariamente. Quando esse potinho estiver vazio, ela vai ficar triste e buscar outra forma de obter a atenção dos pais", diz a psicóloga Eliana de Barros Santos. Ela sugere que ao encontrar a criança, depois de um período separado, seja pelo trabalho ou por uma simples noite de sono, os pais se preocupem em encher o potinho com atenção verdadeira. "Você verá que a criança, satisfeita em sua necessidade, estará tranquila e somente voltará a requisitar sua atenção muito tempo depois, quando sentir seu potinho vazio. Em sua fome de atenção, ela precisa ser bem alimentada para se desenvolver saudável e tranquila. Lembrando sempre do potinho e cuidando dele, você vai perceber que agressividade, palavrão, birra, serão assuntos pouco lembrados em sua família", diz a psicóloga


Fonte: Educar para Crescer