terça-feira, 28 de maio de 2013

Pré I B

 
Projeto: Senta que lá vem a História!
Este livro é ótimo! Nossa turma adorou a história! Depois as crianças prepararam um saudável sanduiche. (27/05)

Atividade realizada após a história "Pipa" do livro O Jogo das Palavras Mágicas (de Elias José). Cada criança ganhou uma pipa na saída. A alegria tomou conta da sala!

 
Nossa turma fez uma bonita homenagem para as Mães!

segunda-feira, 27 de maio de 2013

FESTA JUNINA, SÓ SE FIZER SENTIDO.

O que vocês acham meninas e meninos? não são ideias interessantes? mesmo sendo a nossa turminha composta de crianças menores, dá para adaptarmos algumas dicas... vamos refletir e mãos à obra! 

Festa junina, só se fizer sentido

Conheça duas experiências de escolas que fazem da festa um momento para ampliar a integração com a comunidade e oferecer novas aprendizagens aos alunos

Antes de planejar a festa junina da escola é preciso saber se a comemoração realmente faz sentido para a comunidade escolar. As ações para o dia do evento devem ser programadas com antecedência para que não interfiram negativamente no calendário letivo e todos - alunos, professores, pais e funcionários - têm de ser envolvidos no planejamento.
Para Roberta Panico, especialista em gestão escolar e coordenadora pedagógica da Comunidade Educativa CEDAC, em São Paulo, é preciso muita atenção para não submeter os alunos a situações de constrangimento - como obrigá-los a dançar ou comparecer fantasiados, sem que entendam o propósito das atividades.
Usar o evento para arrecadar fundos para a escola, seja pela venda de produtos (alimentos, ingressos ou "vales" para as brincadeiras), seja pela promoção de concursos como o "Miss Caipira", bastante comum em alguns estados, é outra ação que tem de passar longe dos objetivos listados pela equipe gestora.
Conheça a seguir experiências de duas escolas que pensaram a festa junina como um bom momento para oferecer novas aprendizagens aos alunos e trazer as famílias para dentro da escola.
Uma festa para unir a comunidade
O Centro Educacional de São Gonçalo do Rio Abaixo, a 84 quilômetros de Belo Horizonte, foi criado há dois anos e tem 410 alunos matriculados no Ensino Fundamental II - 70% deles de comunidades rurais do município. Em 2010, para apresentar a escola aos moradores do entorno e aproximar as famílias, a equipe da diretora Geiza Maciel resolveu promover a festa junina - uma das manifestações culturais mais tradicionais na cidade.
A equipe se reuniu para pensar nos objetivos do evento e nas estratégias adotadas para envolver a comunidade. Uma lista de atividades foi elaborada - organização da estrutura física da escola para a festa, montagem do cardápio e distribuição dos convites. Professores e funcionários candidataram-se à coordenação e realização das funções.
Para não esbarrar em questões religiosas (no Catolicismo, as festas juninas são celebrações dos dias de Santo Antônio, São Pedro e São João), a festa foi planejada somente com foco nas manifestações culturais de São Gonçalo. "A escola é uma instituição laica. Trabalhamos para não conferir qualquer caráter religioso à festa", afirma a diretora. Uma gincana foi organizada envolvendo pais, alunos, professores e funcionários. Cada turma da escola tinha como missão trazer participantes para a festa e preparar números artísticos, desde que não fossem religiosos. Os ensaios aconteciam fora do horário de aulas, de acordo com o combinado entre os membros de cada equipe.
Alguns pais tocaram violão, os alunos mostraram coreografias e ajudaram na decoração, enquanto os professores foram personagens do casamento caipira. O objetivo era que cada turma organizasse apresentações relacionadas às manifestações culturais das comunidades em que vivem - por exemplo, as músicas e a dança das congadas, no caso dos alunos vindos de comunidades quilombolas da região; ou as modas de viola, entoadas por pais e alunos de comunidades rurais. "De forma alguma permitiríamos que a figura do caipira fosse estereotipada. Muitos dos nossos alunos são de comunidades rurais e isso é de uma riqueza cultural enorme", conta Geiza.
O Centro Educacional conseguiu transporte público gratuito para levar os moradores à festa junina. Com apoio da Prefeitura Municipal, cada aluno da escola tinha direito a um "vale-transporte" para quatro pessoas. Na festa, pipoca, caldo de feijão e outros pratos tipicamente juninos, todos preparados pelas merendeiras da escola, foram distribuídos gratuitamente. "A festa aconteceu em um sábado e as funcionárias que trabalharam na sexta à noite foram devidamente remuneradas por isso. Não podemos fazer da festa junina uma fonte de arrecadação de fundos para a escola. É um momento de comemoração e de engajamento da equipe", afirma a diretora.
As barraquinhas foram montadas na área externa da escola, com a ajuda de professores e funcionários e fora do horário de aulas. No fim da festa, todos os participantes - inclusive pais e alunos - colaboraram com a limpeza. Ajudaram a desmontar as barracas e a separar os materiais recicláveis do lixo orgânico.
Para a festa de 2011, a origem e as tradições juninas estão sendo trabalhadas nas aulas de Língua Portuguesa e de História. "Queremos reforçar o caráter laico de nossa festa ao trabalhar com os alunos as diferentes manifestações culturais do período e as origens dessa celebração que, antes de tornar-se uma festa católica, surgiu como uma celebração pagã", explica Geiza.

Alunos como protagonistas da festa

No Colégio Giordano Bruno, da rede particular de São Paulo, a festa junina é parte do projeto pedagógico. O evento é incluído no calendário escolar antes do início do ano letivo, nas reuniões de planejamento. Os professores de Educação Física, Música, Arte e Literatura trabalham em conjunto no projeto da festa e fazem acordos com os docentes das demais disciplinas para que trabalhem em sala os conteúdos relacionados ao tema anual da festa.
Em 2011, a festa do Giordano Bruno terá como mote as tradições populares da região Centro-Oeste do Brasil. Durante o mês de junho, o planejamento de uma ou duas aulas das disciplinas de Geografia, História e Língua Portuguesa vai tratar de aspectos socioeconômicos, históricos e culturais dos estados dessa região do país - as etnias presentes, a literatura, os hábitos e costumes de cada estado. As danças típicas são ensinadas nas aulas de Arte, Música e Educação Física, que também contemplam parte dos ensaios para as apresentações do dia da festa. "É um momento de resgate da cultura popular e não apenas uma situação festiva a mais", explica o diretor Nivaldo Canova.
Os alunos são os protagonistas. Eles podem escolher a forma de participação no evento de acordo com uma série de propostas elaboradas em conjunto com os professores - dançam, tocam instrumentos, fazem apresentações teatrais, organizam as barraquinhas de brincadeiras e de comidas típicas. Para o diretor, a participação dos estudantes deve ser evidenciada como contribuição, como possibilidade de construção coletiva e não como mera obrigação. Por isso, ninguém é obrigado a ir fantasiado à festa. "Respeitar as individualidades é mais produtivo do que reforçar estereótipos que não condizem com o projeto do nosso evento", afirma Canova.
As barracas são montadas pelos próprios adolescentes, no caso das turmas do Ensino Fundamental II e do Ensino Médio, fora do horário de aulas. Os alunos do 1º ao 5º ano são ajudados pelos professores. O dinheiro arrecadado pela garotada que administra as barraquinhas serve para projetos específicos de cada turma - como a festa e a viagem de formatura, no caso dos alunos do 9º ano. Para o diretor Canova, se a escola utilizasse a festa junina para arrecadar fundos, isso prejudicaria o objetivo pedagógico do evento, que é justamente o de engajar toda a comunidade escolar e fazer com que todos voltem os olhares para a riqueza da cultura popular brasileira.

Texto retirado da Revista Nova Escola

quarta-feira, 22 de maio de 2013

DICIONÁRIO FEITO POR CRIANÇAS MUITO LEGAL!!!



Um professor colombiano passou dez anos coletando definições de seus alunos e, como resultado, obteve um dicionário com verbetes ao mesmo tempo puros, lógicos e reais

A Feira do Livro de Bogotá, que aconteceu no final de abril, teve como maior sucesso um livro chamado “Casa das estrelas: o universo contado pelas crianças”. Mais especificamente, uma parte dele: umdicionário feito por crianças que traz cerca de 500 definições para 133 palavras, de A a Z.
Apesar de lançado originalmente em 1999, o livro foi reeditado neste ano. Javier Naranjo, o autor, conta que compilou as informações durante dez anos enquanto trabalhava como professor em diferentes escolas do estado de Antioquía, região rural do leste do país.
A ideia surgiu quando, em uma comemoração do Dia das Crianças, ele pediu que seus alunos definissem a palavra “criança”. O resultado encantou o professor – uma das definições era “uma criança é um amigo que tem o cabelo curtinho, não toma rum e vai dormir mais cedo”. A partir daí foram surgindo novas definições, que eram sempre anotadas e guardadas.
Para ele, as crianças têm uma lógica diferente, uma maneira própria de entender o mundo e de revelar muitas coisas que os adultos já esqueceram. É assim que, no peculiar dicionário, o adulto é uma “pessoa que em toda coisa que fala, fala primeiro de si”,  água é uma “transparência que se pode tomar”, um camponês “não tem casa, nem dinheiro. Somente seus filhos” e a Colômbia é “uma partida de futebol”.
Confira abaixo alguns dos verbetes encontrados no livro.

OS VERBETES

Adulto: Pessoa que em toda coisa que fala, fala primeiro dela mesma (Andrés Felipe Bedoya, 8 anos)
Ancião: É um homem que fica sentado o dia todo (Maryluz Arbeláez, 9 anos)
Água: Transparência que se pode tomar (Tatiana Ramírez, 7 anos)
Branco: O branco é uma cor que não pinta (Jonathan Ramírez, 11 anos)
Camponês: um camponês não tem casa, nem dinheiro. Somente seus filhos (Luis Alberto Ortiz, 8 anos)
Céu: De onde sai o dia (Duván Arnulfo Arango, 8 anos)
Colômbia: É uma partida de futebol (Diego Giraldo, 8 anos)
Dinheiro: Coisa de interesse para os outros com a qual se faz amigos e, sem ela, se faz inimigos (Ana María Noreña, 12 anos)
Deus: É o amor com cabelo grande e poderes (Ana Milena Hurtado, 5 anos)
Escuridão: É como o frescor da noite (Ana Cristina Henao, 8 anos)
Guerra:Gente que se mata por um pedaço de terra ou de paz (Juan Carlos Mejía, 11 anos)
Inveja: Atirar pedras nos amigos (Alejandro Tobón, 7 anos)
Igreja: Onde a pessoa vai perdoar Deus (Natalia Bueno, 7 anos)
Lua: É o que nos dá a noite (Leidy Johanna García, 8 anos)
Mãe: Mãe entende e depois vai dormir (Juan Alzate, 6 anos)
Paz: Quando a pessoa se perdoa (Juan Camilo Hurtado, 8 anos)
Sexo: É uma pessoa que se beija em cima da outra (Luisa Pates, 8 anos)
Solidão: Tristeza que dá na pessoa às vezes (Iván Darío López, 10 anos)
Tempo: Coisa que passa para lembrar (Jorge Armando, 8 anos)
Universo: Casa das estrelas (Carlos Gómez, 12 anos)
Violência: Parte ruim da paz (Sara Martínez, 7 anos)
Retirado do site catracalivre.com.br

segunda-feira, 6 de maio de 2013

BONECAS SÃO PARA MENINOS? EM ALGUMAS ESCOLAS, SIM


Colégios incentivam crianças a brincar com o que quiserem, sem distinguir gênero


Objetivo é não estimular escolhas sexistas.
Nos espaços de brincadeiras do Colégio Equipe, zona oeste de São Paulo, não há separação por gênero nos brinquedos. Todos os alunos da educação infantil – com idade dos 3 aos 5 anos – brincam tanto de carrinho quanto de boneca, sem nenhuma cerimônia. “O objetivo é deixar todas as opções à disposição e não estimular nenhum tipo de escolha sexista. Acreditamos que, ao não fazer essa distinção de gênero, ajudamos a derrubar essa dicotomia entre o que é tarefa de mulher e o que é atividade de homem”, explica a coordenadora pedagógica de Educação Infantil do Equipe, Luciana Gamero.
A livre forma de brincar tem por objetivo promover uma infância sem os estereótipos de gênero – masculino e feminino –, com o intuito de construir uma sociedade menos machista. A iniciativa é tratada como um “jogo simbólico”, atividade curricular da educação infantil praticado por um grupo de escolas que defende que ali é o local apropriado para a quebra de alguns paradigmas.
“Temos uma civilização ainda muito firmada na questão do gênero e isso se manifesta de forma sutil. Quando uma mulher está grávida, se ela não sabe o sexo da criança, compra tudo amarelinho ou verde”, observa Claudia Cristina Siqueira Silva, diretora pedagógica do Colégio Sidarta. “Nesse contexto, a tendência é de que a criança, desde pequena, reproduza a visão de que menino não usa cor-de-rosa e menina não gosta de azul.”


(Ocimara Balmant) 
No salão de cabeleireiro de mentirinha, João Pontes, de 4 anos, penteia a professora, usa o secador no cabelo de uma coleguinha e maquia a outra, concentradíssimo na função. Menos de cinco minutos depois, João está do outro lado da sala, em um round de luta com o colega Artur Bomfim, de 5 anos, que há pouco brincava de casinha.
João, de 4 anos, em seu salão de cabeleireiro - Epitacio Pessoa/Estadão
(Epitacio Pessoa/Estadão)

João, de 4 anos, em seu salão de cabeleireiro
Nos cantos da brincadeira do Colégio Equipe, na zona oeste de São Paulo, não há brinquedo de menino ou de menina. Todos os alunos da educação infantil - com idade entre 3 e 5 anos - transitam da boneca ao carrinho sem nenhuma cerimônia.
"O objetivo é deixar todas as opções à disposição e não estimular nenhum tipo de escolha sexista. Acreditamos que, ao não fazer essa distinção de gênero, ajudamos a derrubar essa dicotomia entre o que é tarefa de mulher e o que é atividade de homem", explica a coordenadora pedagógica de Educação Infantil do Equipe, Luciana Gamero.
Trata-se de um "jogo simbólico", atividade curricular da educação infantil adotado por um grupo de escolas que acredita que ali é o espaço apropriado para quebrar alguns paradigmas. A livre forma de brincar visa a promover uma infância sem os estereótipos de gênero - masculino e feminino -, um dos desafios para construir uma sociedade menos machista.
"Temos uma civilização ainda muito firmada na questão do gênero e isso se manifesta de forma sutil. Quando uma mulher está grávida, se ela não sabe o sexo da criança, compra tudo amarelinho ou verde", afirma Claudia Cristina Siqueira Silva, diretora pedagógica do Colégio Sidarta. "Nesse contexto, a tendência é de que a criança, desde pequena, reproduza a visão de que menino não usa cor-de-rosa e menina não gosta de azul."
Por isso, no colégio em que dirige, na Granja Viana, o foco são as chamadas brincadeiras não estruturadas, em que objetos se transformam em qualquer coisa, a depender da criatividade da criança. Um toco de madeira, por exemplo, pode ser uma boneca, um cavalo ou um carrinho. "Quanto menos referência ao literal o brinquedo tiver, menos espaço haverá para o reforço social", diz Claudia.
A reprodução dos estereótipos acontece até nas famílias que se enxergam mais liberais. Ela conta que recentemente, em uma brincadeira sobre hábitos indígenas, um menino passou batom nos lábios. Quando a mãe chegou para buscá-lo, falou de pronto: "Não quero nem ver quando seu pai vir isso".
"Podia ser o fim da experimentação sem preconceitos, que não tem qualquer relação com orientação sexual. Os adultos, ao não entenderem, tolhem essa liberdade de brincar por uma ‘precaução’ sem fundamento", afirma Claudia.
Visão de gênero. Se durante a primeira infância esses estímulos são introjetados sem que a criança se dê conta, ao crescerem um pouquinho - a partir dos 5 anos -, elas já expressam conscientemente a visão estereotipada que têm de gênero.
No Colégio Santa Maria, no momento de jogar futebol, os meninos tentavam brincar apenas entre eles, não permitindo que as meninas participassem. Foi a hora de intervir. "Explicamos que não deveria ser assim e começamos a propor, por exemplo, que os meninos fossem os cozinheiros de uma das brincadeiras", diz Cássia Aparecida José Oliveira, orientadora da pré-escola da instituição.
Na oficina de pintura, todos foram convidados a usar só lápis cor-de-rosa - convite recusado por alguns. "Muitos falam ‘eu não vou brincar disso porque meu pai diz que não é coisa de menino’. Nesses casos, a gente conversa com a família. Entre os convocados, os pais de meninos são a maioria. "Um menino gostar de balé é sempre pior do que uma menina querer jogar futebol. E, se não combatemos isso, criamos uma sociedade machista e homofóbica."
O embate é árduo e é preciso perseverança. Mesmo no Colégio Equipe, aquele em que as crianças se alternam entre o cabeleireiro e o escritório, alguns comentários demonstram que a simulação da casinha é um primeiro passo na construção de um mundo menos machista. O pequeno Artur, de 5 anos, se anima ao participar da brincadeira. Mas, em um dado momento do faz de conta, olha bem para a coleguinha e avisa: "Eu sou o marido. Vou sair para trabalhar. Você fica em casa".

Reportagem retirada do Jornal o Estado de S. Paulo - o Estadão