sexta-feira, 31 de agosto de 2012

A IMPORTÂNCIA DA DANÇA PARA CRIANÇAS

COLOQUEI APENAS UM TRECHINO PARA QUE VOCÊS FIQUEM CURIOSAS, É SÓ CLICAR NO LINK À DIREITA, "EDUCAR PARA CRESCER" AQUI AO SEU LADO E CONTINUAR..BOA LEITURA!

 

9 motivos para seu filho aprender a dançar


 
29/07/2011 15:30 
Texto Marion Frank
Educar
Foto: dreamstime
Foto: Aprender a dançar ajuda na disciplina, coordenação e bem estar da criança
Aprender a dançar ajuda na disciplina, coordenação e bem estar da criança
O homem usa o próprio corpo de modo a ocupar o espaço e interagir com o outro desde que o mundo é mundo. No início, seguiu o instinto; aos poucos, descobriu o prazer; e há séculos aproveita técnicas e estilos especialmente desenvolvidos pela dança para explorar a riqueza de possibilidades inerente ao corpo humano. Porque dançar é muito mais do que movimentar braços e pernas sob o estímulo de um ritmo. "A dança permite conhecer o próprio corpo e, com isso, ampliar a capacidade de se expressar e de se comunicar do indivíduo, criando a autoestima que vai servir de base por toda a sua vida", realça Carmen Orofino, professora de dança no Atelier-Escola Viva, de São Paulo. 

O simples ato de andar já é poderoso o suficiente para servir de alimento ao cérebro e, de tabela, contribuir para a nossa saúde. A dança? "Seus movimentos são mais refinados, o que determina a qualidade de alimentação que proporciona ao nosso corpo", garante o coreógrafo Ivaldo Bertazzo, há mais de 35 anos trabalhando com dança. A conclusão é uma só: quanto mais cedo uma criança aprende a dançar, mais possibilidades ela tem de tornar seu corpo "inteligente". 

Dançar também ajuda a desenvolver emocionalmente quem tem pouca idade, combatendo inseguranças e estimulando a partilhar experiências com o grupo a que pertence. Crianças podem se exercitar em Dança desde os primeiros anos da Educação Infantil - e assim aprimorar habilidades motoras fundamentais para a evolução. Com a ajuda dos especialistas Carmen Orofino e Ivaldo Bertazzo, destacamos os principais benefícios da atividade. Conheça a seguir:

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

CONHECENDO UM POUCO MAIS SOBRE REGGIO EMILIA

ATENÇÃO NÃO É PARA COPIARMOS O MODELO, MAS SIM PARA CONHECERMOS NOVAS FORMAS DE ENSINO/APRENDIZAGEM,

REPORTAGEM EXTRAÍDA DA REVISTA NOVA ESCOLA

Bruna Elena Giacopinni: "Cada criança é um indivíduo"

Coordenadora pedagógica de Reggio Emilia, na Itália, diz que os pequenos devem ser considerados construtores de conhecimento

 
BRUNA ELENA GIACOPINI
BRUNA ELENA GIACOPINI "Mesmo
as crianças muito pequenas produzem
saber e merecem ser ouvidas"
As escolas da cidade de Reggio Emilia, no norte da Itália, são sinônimo de excelência em Educação Infantil. Tanto que em 1994 a prefeitura decidiu fundar a instituição Reggio Children para administrar as atividades de intercâmbio com todo o mundo. Não se trata de exportação de um método. "Deixamos claro que não somos um modelo e que cada comunidade deve achar seu caminho", diz a coordenadora pedagógica do projeto, Bruna Elena Giacopini. "Ajudamos os educadores a olhar a própria realidade para melhor identificar a experiência que acumularam." Entre os princípios adotados em Reggio Emilia estão o trabalho com projetos, pesquisas contínuas, a valorização do processo e não apenas do resultado, a formação permanente dos professores e o contato com as famílias, que recebem relatórios diários sobre os filhos. Bruna esteve no Brasil em agosto para uma série de encontros e trocas de experiências, acompanhada do atelierista Lanfranco Bassi, responsável pelas atividades que estimulam a criatividade. Na entrevista a seguir, ela descreve a experiência de Reggio Emilia e suas duas referências teóricas principais, a Pedagogia da Escuta e a Teoria das Cem Linguagens, ambas desenvolvidas pelo pedagogo Loris Malaguzzi (1920-1994).

Em que se baseia a proposta pedagógica para a Educação Infantil em Reggio Emilia?
BRUNA ELENA GIACOPINI
Nossa experiência parte de um sentimento de comunidade. Depois do fim da Segunda Guerra Mundial, um grupo de mulheres se reuniu com o intuito de criar uma concepção educativa, posta em prática na rede particular da cidade. No início dos anos 1960, ela havia se tornado tão interessante que a administração municipal a encampou. Loris Malaguzzi, um jovem pedagogo muito curioso, se interessou pela experiência e decidiu desenvolvê-la conceitualmente. Foi ele quem introduziu o trabalho com diversas linguagens. Há uma dimensão social muito forte nas escolas de Reggio Emilia e o princípio fundamental é valorizar a criança como construtora de conhecimento: cada uma individualmente e não em termos gerais.

Como se chega ao conhecimento dessa individualidade?
BRUNA
Sempre em relação aos outros e ao mundo. Procuramos pôr em evidência o sujeito único, mas capaz de descobrir as próprias qualidades no momento em que encontra o outro. O saber que um grupo constrói junto é superior ao individual, em volume e importância, e leva o aprendizado mais longe. Há melhores condições de avançar quando se enfoca desse modo o processo de conhecimento.

O que são a Pedagogia da Escuta e a Teoria das Cem Linguagens?
BRUNA
Trata-se, sobretudo, de dispor-se a escutar os outros e a si próprio. Mesmo as crianças muito pequenas já estão construindo conhecimento e todas merecem ser ouvidas sobre isso. É preciso ter capacidade de interpretar e deter os instrumentos de observação. Pode ser um registro em vídeo ou simples anotações, contanto que se possa compartilhar com os demais professores. A Teoria das Cem Linguagens nasce da Pedagogia da Escuta, que lançou uma luz sobre as linguagens dos pequenos. Eles aprendem por meio dos cinco sentidos e de todos os instrumentos possíveis - o corpo, a palavra, o pensamento. Tudo isso opera de forma entrelaçada no processo de construir a identidade e o conhecimento e de interpretar o que está em volta. Por isso não trabalhamos com as habilidades das crianças isoladamente.

De que modo é feita a documentação no dia-a-dia?
BRUNA
Dou um exemplo. Vamos propor a um grupo de meninos, separados em duplas, que construam uma ponte com pedaços de madeira. Podemos observar se trabalham primeiro com as peças pequenas ou com as grandes, de que forma as dispõem, como definem a altura da ponte e onde ela se localizará, que tipo de tentativa fazem, se trocam materiais entre si. Essa atividade, corriqueira em nosso cotidiano, já é uma micro-história a documentar e traz fortes elementos para perceber como as crianças aprendem e se relacionam.

Como é o planejamento das atividades a longo prazo?
BRUNA
No início do ano, redigimos uma espécie de declaração de intenções e desenhamos grandes linhas de ação. Depois definimos uma estratégia de abordagem dos assuntos. Mas os projetos não são preestabelecidos. Eles se estruturam oportunamente. Estimular o gosto pela leitura e pela escrita ou saber arrumar a mesa do almoço estão sempre entre nossos objetivos, mas não há previsão de horários determinados. A rotina é muito ligada à organização do espaço, totalmente diferente de uma sala tradicional com mesas e cadeiras. Quando se chega, já há o que fazer porque o ambiente convida. Não faz sentido elaborar um planejamento diário: as atividades se desenvolvem com certo grau de espontaneidade.

A experiência de Reggio Emilia é conhecida por enfatizar as artes. Por que essa escolha?
BRUNA
Talvez por culpa nossa, damos a impressão de que nossa proposta dá prioridade ao trabalho artístico, mas é um equívoco. O foco central é o processo de conhecimento. Isso se refere à Matemática tanto quanto às Artes. Nosso trabalho nessa área resulta da escolha de explorar a comunicação visual. Muitas vezes as crianças obtêm resultados estéticos muito bons, mas não é esse o objetivo. Um exemplo: a atividade de observação de uma rã, com a proposta final de representá-la em argila. A criança se dota de um repertório de conhecimento sobre o assunto e manifesta o que aprendeu de forma artística.

Como se conciliam os dois eixos tradicionais da Educação Infantil, cuidar e ensinar?
BRUNA
As atenções pessoais ocupam grande parcela do tempo e estão inseridas no processo pedagógico. Os mesmos professores fazem as duas coisas. Os cuidados correspondem a momentos delicados e íntimos que dizem muito sobre o vínculo entre crianças e adultos. Não há por que tratar os dois eixos em nível diferente.

Terminada essa fase, as crianças têm como continuar os estudos seguindo a mesma abordagem?
BRUNA
O ensino elementar na Itália é mantido pelo governo federal e obedece a moldes tradicionais. Não costuma ocorrer uma ruptura traumática porque fazemos um trabalho de transição. Mostramos que haverá uma passagem de um esquema mais informal para outro disciplinar, que também começa uma fase importante. Claro que gostaríamos de uma modernização geral, mas não vemos o atual sistema como uma ameaça.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

PARA TRABALHAR COM POEMAS E MÚSICAS- SUGESTÃO


ATIVIDADE  - Poema: A CASA 
A Casa
Vinícius de Moraes

Era uma casa
Muito engraçada
Não tinha teto
Não tinha nada
Ninguém podia
Entrar nela não
Porque na casa
Não tinha chão
Ninguém podia
Dormir na rede
Porque na casa
Não tinha parede
Ninguém podia
Fazer pipi
Porque penico
Não tinha ali

Mas era feita
Com muito esmero
Na rua dos bobos
Número zero.

Confeccionar cartaz com o poema A CASA e fixar na sala de aula. Levar CD com a música do poema e cantar com os alunos.
  • Ilustrar o poema.
  • Trabalhar versos, rima e estrofes.
·         Fazer leitura coletiva do poema com os alunos e pedir que  identifiquem, no cartaz, algumas  palavras . Exemplo: Ana, onde está a palavra CASA no poema do Vinícius? Venha até aqui a frente identificar no cartaz. Muito bem! Como eles ainda não estão na fase pré-silábica não precisa trabalhar a questão das sílabas e letras, o importante é valorizar e respeitar a fase e o desenvolvimento de cada criança.
O poema  A CASA  poderá ser  aproveitado também para trabalhar conceito de família  .Os alunos poderão pesquisar sua árvore genealógica, fazer dobraduras em origami de casa, e  pesquisar seus endereços com os pais.Identificar tipos de moradias diferentes e listar os materiais usados  para se construir uma casa. Na sequência pedir que os alunos elaborem um texto sobre o lugar onde moram. Utilizar o texto de um aluno silábico-alfabético e realizar correção coletiva, sem identificar o nome do autor. 
Origami CASA





quarta-feira, 8 de agosto de 2012

DICAS PARA AS GRÁVIDAS




Postura correta ao amamentar evita problemas para o bebê; aprenda cinco posições
Do UOL, em São Paulo


Engana-se quem acha que o bebê é como um cachorrinho, que mal acaba de nascer, se aninha na barriga da mãe e começa a mamar. O recém-nascido tem muito a aprender. "Os bebês nascem com o reflexo da sucção: quando alguma coisa toca o céu da boca deles, começam a sugar", diz a enfermeira sanitarista Celina Valderez Feijó Köhler, conselheira em amamentação da UNICEF/Organização Mundial da Saúde. "Entretanto, para mamar, ele terá de aprender a abrir bem a boca, a praticar a preensão do mamilo e de boa parte da aréola", explica ela.

Aprenda cinco posições adequadas para amamentar o bebê

http://mulher.uol.com.br/gravidez-e-bebes/noticias/redacao/2012/08/08/postura-correta-ao-amamentar-evita-problemas-para-o-bebe-aprenda-cinco-posicoes.htm
Foto 1 de 5 - Posição para amamentar: clássica ou madona Rogério Doki/UOL

Não existe uma única posição para amamentar, mas algumas regras básicas devem ser respeitadas. O corpo do recém-nascido precisa ficar alinhado. Ele não deve ficar virado, dobrado para frente ou para trás, causando desconforto. O lactente deve ser acomodado de frente para a mama, com o nariz apontado para o mamilo e o queixo tocando o peito ou quase (leia mais sobre a importância da pega abaixo). "A proximidade com o corpo da mãe é muito importante. O bebê deve ser levado até a mama e não o contrário", diz a pediatra Maria Beatriz Reinert do Nascimento, da Maternidade Darcy Vargas, em Joinville (SC), e membro da IBCLC (Internacional Board of Lactation Consultant Examiners).

A mão também precisa estar confortável. Ela deve encontrar uma posição na qual se sinta bem. "Se ela sofreu uma cirurgia cesariana, por exemplo, pode colocar o bebê atravessado, na horizontal, sem que os pés toquem a barriga dela; a mãe também pode dar de mamar deitada", diz o pediatra Marcus Renato de Carvalho, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro e co-autor do livro "Da Gravidez à Amamentação" (Ed. Integrare).

A importância da pega

Mais do que a posição do bebê em relação ao corpo materno, é fundamental que sua boca esteja bem posicionada no seio. "A boca do bebê deve abocanhar o bico e parte da aureola, principalmente a porção inferior. Ela deve estar bem aberta, com os lábios rebatidos para fora, tipo peixinho", descreve a enfermeira obstétrica Márcia Regina da Silva, responsável pelo curso de gestante do Hospital e Maternidade São Luiz, em São Paulo.
Além disso, a parte de cima da aureola deve ficar mais visível do que a de baixo, e é indicado que o queixo toque a mama. Aliás, as mamas devem estar bem macias e não cheias demais. Do contrário, o bebê só conseguirá abocanhar o mamilo, e não toda a aureola.


Mamar não dá gases

Existe a ideia de que, se o bebê não estiver bem posicionado ao mamar no peito, ficará com gases e, consequentemente, terá cólicas. Mas não é verdade.

"Para conseguir tirar o leite do seio, o bebê precisa respirar apenas pelo nariz, porque fica com os lábios completamente vedados. Portanto, não há chance de ‘engolir’ ar, o que propicia os gases", explica Celina Valderez Feijó Köhler. "Já com a mamadeira, devido à incompleta vedação labial, pode ser que ele engula ar e, aí sim, tenha cólicas".

Se a criança amamentada no peito tiver gases, muito provavelmente "engoliu" ar ao chorar, não ao mamar.

Algumas técnicas ajudam o recém-nascido a encontrar a pega correta. "A mãe pode fazer cócegas e estimular o bebê passando o mamilo nos lábios e na bochecha do lactente. Isso faz com que, por instinto, ele abra a boca, num reflexo de apreensão", explica Marcus Renato de Carvalho. "Quando abrir, a mãe introduz o seio". Se ele não pegar certo da primeira vez, a mãe deve retirar o bico e colocá-lo novamente da forma correta.
A dica principal que vai para a mãe é: tenha calma. Mamar é uma novidade, tanto para o recém-nascido quanto para a mulher. Com o tempo –e esse tempo é curto, acredite– os dois se adaptam, até que amamentação se torne um momento prazeroso para ambos.

Desenvolvimento do bebê

A amamentação fortalece e ajuda a moldar os ossos da face do bebê e garante o crescimento correto dos rosto da criança. Isso porque a sucção exige o trabalho muscular na proporção correta. O mesmo não se pode dizer da mamadeira. Se o furo for muito grande, o esforço para mamar é pequeno, o que contribui para o baixo desenvolvimento muscular.

De acordo com a dentista Adriana Mazzoni, especializada em ortopediatria, a melhor posição para amamentar é a ortostática robin (popularmente conhecida como clássica ou madona - veja no álbum de fotos). Ela permite que o bebê tenha bastante contato com a mãe e perceba o mundo ao seu redor --já que um lado da criança toca o corpo da mãe e o outra está voltado para o ambiente.

O mais importante, porém, é que a mulher lembre-se de variar o lado que o bebê fica posicionado nas mamadas. "Quando amamentado no peito, a mãe acaba trocando, na mesma mamada, o bebê de uma mama para a outra. Quando é alimentado com a mamadeira, a mulher às vezes se esquece de trocar a posição do bebê, o que faz com que um lado do rosto se desenvolva mais do que o outro. Para estimular a musculatura, estrutura óssea e dentição de maneira simétrica, é preciso variar os dois lados".

Adriana explica que não é necessário mudar o tipo de posição para dar de mamar, mas apenas inverter a criança quando for trocar o peito. Portanto, se você e a criança estão adaptados à posição clássica, por exemplo, não é preciso tentar nenhuma outra. "O bebê é sensível e precisa de rotina. Ele gosta que seja sempre igual, só trocando de lado sempre", diz. Mas é importante que a cabeça do bebê fique reta, pois na hora de deglutir o leite, se ele estiver muito deitado, por exemplo, a posição da língua fica errada e isso pode trazer problemas na fala futuramente, segundo Adriana. A dentista afirma, ainda, que o aleitamento materno é tão importante que fortalece até a musculatura cervical do bebê, o que não acontece quando a alimentação é feita com uma mamadeira.


O conforto da mãe

Não é apenas o bebê que tem de se sentir bem na hora da mamada. A mãe também. Veja dicas:

• Escolha um cantinho tranquilo. O barulho pode tirar a atenção do bebê, atrapalhar a mamada e deixar a mulher mais cansada;

• Deixe sempre um copo de água ao alcance da mão para não ter de interromper a mamada. Caso você ainda não tenha passado pela experiência, dar de mamar dá muita sede;

• Mantenha sempre as costas e os pés apoiados. Se preferir, estenda as pernas em uma banqueta;

• Varie as posições da mamada para reduzir os ferimentos nos seios;

• Traga o bebê até a mama em vez de levar a mama até o bebê;

• Escolha uma poltrona com braços para se apoiar. Se for o caso, use uma almofada de amamentação.






DEZ ATITUDES PARA CONSEGUIR QUE SEU FILHO OBEDEÇA



Veja dez atitudes para conseguir que seu filho obedeça e descubra se você age corretamente
  Katia Deutner
 DO UOL, em São Paulo



  • Prometer um castigo e não cumprir é tão nocivo quanto fazer pequenas trocas na base da chantagem


Prometer um castigo e não cumprir é tão nocivo quanto fazer pequenas trocas na base da chantagem

 Pais erram ao dar broncas muito longas e frequentemente, dizem especialistas 
Disputada carreira de celebridade mirim tem prós e contras para as crianças 
Brincar na infância é mais importante do que atividades extras, dizem especialistas 

Falar, mandar e repetir tudo de novo parece chato, mas muitas vezes é fundamental para a educação de uma criança. Não obedecer na primeira vez em que os pais chamam a atenção não significa que o filho está fazendo pirraça –mas é preciso cuidado para que não vire. "O processo de aprendizagem é contínuo e por isso precisa ser revisto sempre. Repetir muitas vezes para que a criança compreenda e execute uma determinada tarefa é comum", explica a psicóloga infantil Jéssica Fogaça.

Isso ocorre porque o processo de memorização se constitui aos poucos. "Iniciamos a fala com balbucios, depois com algumas sílabas para então chegar às palavras e, finalmente, às frases completas. O desenvolvimento humano é um processo repleto de etapas. Partimos das mais simples para as mais complexas",diz a especialista.

Uma coisa de cada vez
 Se o filho não obedecer na primeira vez ou depois de tantas outras, o problema pode estar também na forma como a informação foi passada e não em seu conteúdo. Acontece de os pais falarem tanta coisa ao mesmo tempo que as crianças não memorizam tudo na hora. Ser claro e objetivo na solicitação e fazer um pedido apenas por  vez são os primeiros passos para o entendimento.

Desde cedo, as crianças aprendem que pai ou mãe não ficarão repetindo a mesma ordem, mas vão exigir obediência. "Geralmente, chegam aos cinco anos cedendo ao primeiro 'não'. A desobediência ocorre ainda porque este processo de repetição significa para o filho um meio de manter a atenção dos pais voltada para ele, que, em última instância, fica no domínio da situação", diz a psicopedagoga Maria Irene Maluf.

Pode ser que ele esteja fazendo pirraça para chamar a atenção. Se esse for o caso, cuidado: a criança entende que não obedecer vale a pena e que, em algum momento, vai tirar vantagem disso, afinal, os adultos vão se cansar e ela vai fazer o que quer, como um sinal forte de falta de limites.

Nada de barganha
 Prometer um castigo e não cumprir é tão nocivo para a educação do filho quanto fazer pequenas trocas na base da chantagem. "É preciso ser coerente na fala e pensar antes de dar a ordem e a consequência de seu não cumprimento. Ceder por insistência das crianças demonstra falta de autoridade e desfavorece as ordens", conta a psicopedagoga Maria Cecília Galelo Nascimento, professora da Unip (Universidade Paulista).

Dar mais liberdade e alternativas para os filhos agirem é bom desde que haja supervisão e que eles saibam que existem consequências boas ou ruins. "As crianças devem entender logo cedo que os pais mandam, têm maior conhecimento das coisas e são responsáveis por tudo o que fizerem. Pais são diferente dos irmãos ou dos amiguinhos", completa Maria Irene Maluf.

Lições para um filho obediente


1. Tenha certeza do que fala. Tanto da ordem que passou quanto de sua clareza e entendimento. Explique objetivamente o que espera que seu filho faça e o que pode acontecer se não obedecer. 

2. Crianças contrariadas choram. Elas estão começando a viver dentro da realidade, o que nem sempre está de acordo aos seus desejos. Mas frustração, quando adequada à faixa etária, ensina a superar problemas no presente e no futuro, principalmente se os pais estiverem no comando.

3. Evite falar demais. Crianças não precisam de longos discursos sobre as razões pelas quais podem ou não fazer determinadas coisas. Basta falar: resolvi por que é melhor para você.

4. Saiba escutar seu filho. Ao dar a ordem, use de bom senso quando ele tentar negociar e chegar a um acordo. Assim, a criança se vê cumprindo a ordem e os pais ficam satisfeitos e com autoridade.

5. Cuidado com "sim" e "não". Eles devem ser definitivos, combinados entre os pais e longe dos filhos. Nada pior que um dos pais tirar a autoridade do outro.

6. Seja sensato e firme. Demonstre autoridade com uma fala objetiva e com tom de voz firme, porém amigo. Aja com bom senso ao dar uma ordem. De nada adianta pedir algo que está além da capacidade da criança.

7. Fique em alerta com a desobediência frequente. Isso significa que algo está errado e a frustração dos pais muitas vezes se transforma em palavras e modos rudes. Se perceber que vai perder o controle, saia do ambiente que está com a criança e só volte quando estiver seguro do que falar e fazer.

8. Dê atenção e amor. Pergunte para o filho como foi seu dia, como se sentiu na escola. Se algo estiver errado (fez birra com a professora, por exemplo), avise que ele errou e que pode sofrer um castigo por isso. Elogie bons comportamentos com beijos e abraços. Nada de trocar por presentes e promessas de vantagens.

9. Diga "não" quando for preciso. Sempre de forma educada, controlada e segura. Isso não magoa a criança, não tira a liberdade de expressão, de movimentos ou a criatividade, mas a torna mais confiante e forte.

10. Imponha limites. Os filhos não adivinham o que devem fazer e se sentem inseguros se não tiver alguém tomando conta deles, conduzindo seu comportamento nos momentos de novas experiências. Limites são bons para as crianças e para os pais.